Fanzine Brasil

SIOUXSIE SIOUX - SOPROS DE VIDA

Grandes homens, assim como grandes tempos são um material explosivo interior do qual uma força imensa é acumulada (....)

“DISCO DA BANANA”- A OBRA PRIMA IGNORADA

Eu sabia que a música que fazíamos não podia ser ignorada

SEX PISTOLS - UM FENÔMENO SOCIAL

Os Sex Pistols foram uma das bandas de Rock mais influentes da história.

ATÉ O FIM DO MUNDO

Com custos acima de mais dez milhões de dólares, é um filme encantador, artístico, típico das obras de Wim Wenders, realmente, é uma obra fascinante, mais uma certo do diretor alemão.

AFINAL, COMO SURGIU O CINEMA?

Um breve questionamento e historio sobre o assunto.

ATÉ O FIM DO MUNDO

Com custos acima de mais dez milhões de dólares, é um filme encantador, artístico, típico das obras de Wim Wenders, realmente, é uma obra fascinante, mais uma certo do diretor alemão.

WOLF CITY - AMON DUUL II

Wolf City é um dos maiores clássicos do Rock Progressivo. É um álbum que celebra magicamente este gênero musical, e que é foi gravado por artistas imensamente talentosos

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

STRANGE DAYS - THE DOORS:

Por: Vannucchi
Eu realmente amo o The Doors e sou completamente fascinada pelo Strange Days. Acho que ao lado de Waiting For The Sun e do The Doors, está entre os melhores álbuns da gloriosa e brilhante carreira da banda. Esse foi apenas o segundo trabalho original de estúdio, formado por algumas faixas que haviam ficado fora do primeiro álbum lançado e, claro sendo igualmente composto por músicas inéditas, criadas especialmente para ele.

O primeiro aspecto interessante e cativante dele que acho digno citar, é sua capa bizarra, composta por vários indivíduos que parecem ter saído de um circo. Essa imagem, que retrata um grupo de artistas, foi fotografada em Nova Iorque, e foi registrada por Joel Brodsky. Mas essas pessoas não saíram de um circo... uma delas era um taxista que recebeu cinco dólares por seu "serviço como modelo fotográfico" e um outro sujeito era assistente do fotógrafo acima mencionado. Bem, agora deixemos essa icônica capa para trás e adentremos ao conteúdo propriamente dito do Strange Days: eu simplesmente aprecio todas as faixas, da primeira até a última e acho que o álbum é capaz de compor qualquer lista baseada nos “maiores discos de Rock And Roll de todos os tempos”. Nele estão presentes algumas das melhores letras escritas por Jim Morrison, e como exemplo disso, posso mencionar a misteriosa “Strange Days” e a profunda, psicodélica e parcialmente melancólica “Unhappy Girl”, cujas mensagens, ao menos para mim, são simplesmente geniais, e cheias de espantosas propostas reflexivas. Nesse álbum se encontram reunidos alguns dos maiores clássicos da carreira do Doors, que se tornaram verdadeiros "hinos" da banda, tal como “People Are Srange”, “When The Music Is Over” e a popular "Love Me Two Times".

O Strange Days, de maneira geral, é um álbum místico, ritualístico, que se propõe a dialogar com nossas almas e que oferece um poder grandioso de nos elevar para qualquer outro plano além do habitual em que vivemos em nossos cotidianos. Suas músicas são alucinantes. É um artefato mágico e poderoso, daquele tipo que somente os Doors eram capazes de criar. Trata-se de um exemplo prático de “magia do caos”, eu diria.

 
O Strange Days é o segundo álbum de estúdio do The Doors e foi lançado em 1967.

LEAVE HOME - RAMONES:

Por: Vannucchi



O Leave Home sempre será um dos melhores álbuns do Punk Rock e, certamente, um dos que mais marcou minha vida. Não que ele esteja entre os meus favoritos de todos os tempos, mas com certeza está na lista de discos que marcam minha trajetória. O álbum foi lançado justamente em 1977, o célebre ano que marcou a história do Punk Rock e durante o qual o mundo foi maravilhosamente bombardeado com o surgimento de grandes bandas, álbuns e singles, que se tornaram inesquecíveis e hoje em dia são verdadeiros clássicos.
 
Particularmente, vejo o Leave Home como o melhor trabalho da ampla e elogiável discografia dos Ramones. É um álbum que em sua totalidade é muito enérgico e contagiante, carregando em si, dessa forma, a própria essência da banda, que é marcada pela velocidade, por uma dosagem de provocação, de alegria, de canções muito curtas e uma sonoridade que, em geral, é simplesmente devastadora. É difícil escolher qual é a melhor música do Leave Home, porque todas elas são incríveis, e o álbum, como um todo foi um grande acerto dos Ramones. Gosto e recomendo especialmente  as icônicas faixas "Gimme Gimme Shock Treatment", "Suzy Is a Headbanger" e "Pinhead", pois todas essas se tornaram clássicos atemporais do Punk Rock. Além dessas, faço questão de citar "California Sun", que foi uma das primeiras músicas do Ramones que eu conheci e pela qual me apaixonei logo de cara!! Aliás, falando sobre as faixas que compõe o Leave Home, acho válido mencionar, a título de curiosidade, que devido ao conteúdo de sua letra, a canção "Carbona Not Glue" é uma das músicas mais polêmicas da carreira da banda. Aliás, os Ramones, assim como outras bandas que compõe o universo do Punk Rock, escreveram letras de teor bastante ousado e ácido, embora também tenham lançado faixas cujo conteúdo é mais sentimental.  
 
Por fim, certamente posso afirmar que o Leave Home garante boas chacoalhadas de cabeça, e é uma das maiores pérolas da história do Rock And Roll. Depois de escutá-lo, fica difícil não gostar, ao menos um pouquinho do Ramones. Acredito que esse álbum, por si, já valeria a carreira inteira dos Ramones... mas felizmente, eles nos deixaram outros legados de notável qualidade!


1977 foi um ano especial para o Punk Rock e os Ramones contribuíram para isso.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

TALES FROM TOPOGRAPHIC OCEAN – YES:

Por: Vannucchi

"Assim como pomos de lado uma roupa usada e vestimos uma nova, assim o espírito se desfaz da sua indumentária de carne e se reveste de uma nova”. – Trecho de uma escritura Hindu.

Para compreender o conceito e motivação que levaram o álbum “Tales From Topographic Oceans” a ser produzido, é interessante que voltemos no tempo, precisamente para o dia 5 de janeiro de 1893. Nesta data, na índia, nascia Paramahansa Yogananda, um guru que, ao longo de sua vida, popularizou-se ao torna-se um dos primeiros líderes espirituais a transmitir sabedorias orientais no mundo ocidental. Seus ensinamentos e práticas meditativas, buscavam resgatar a essência divina do homem e conectar este aspecto divino universal, com a consciência individual.

Elvis Presley, George Harrison e Steve Jobs foram algumas das celebridades que se interessaram pelos ensinamentos de Yogananda. Além deles, outro admirador do indiano, foi Jon Anderson. Durante a turnê do álbum “Close To The Edge”, o músico recebeu um exemplar do livro “Autobiography of a Yogi”, que havia sido lançado em 1946. Foi a partir deste fato, que nasceu o Tales From from Topographic Oceans. Ao lado do guitarrista Steve Howe, Anderson começou a estudar o livro e, juntos, os dois foram dando forma ao disco.

As letras que compõe o Tales From from Topographic Oceans parecem tratar da jornada espiritual de um personagem que busca o autoconhecimento. Neste ponto, lembro-me de um popular aforismo inscrito nas ruínas do Templo de Delfos (Grécia): “Conhece-te a ti mesmo”. Não sabe-se ao certo quem proferiu ou escreveu essa frase. Mas certamente, ainda hoje, ela é capaz de causar bastante impacto. Diversas doutrinas religiosas e filosóficas concordam que o autoconhecimento é fundamental para a evolução do espírito. Afinal, é no mínimo, muito positivo o fato de tentarmos nos compreender, tanto fisicamente quanto mentalmente. De que valeria e/ou seria possível, concentrarmo-nos em entender o que nos cerca, ou as outras pessoas, se não temos consciência nem daquilo que somos nós próprios? 

Essa busca por nossa(s) verdade(s) individual, parece presente em trechos da faixa The Revealing Science Of God (Dance Of The Dawn). A letra narra o primeiro passo de um herói em suas buscas pela evolução pessoal. Aparecem incertezas neste momento, mas também grande confiança, que é ocasionada pela presença de forças de seres iluminados e superiores, que estão ao redor do protagonista. 

Fale com o autor da chamada luz solar (…)
Devemos ter esperado toda a nossa
vida por isso momento (…)
Vocês, buscadores da verdade, aceitando aquela razão, ficar aliviados (…)



Mencionar que o conceito do álbum aborda a jornada de um personagem, remeteu-me a uma importante obra literária chamada O Poder do Mito, escrita por Joseph Campbell, renomado especialista em Mitologia. O autor, certa vez, refletiu sobre o que denominou como sendo “A Jornada do Herói”, uma sequência cíclica de fatos que estruturam diversas histórias mitológicas. Este, é também um caminho para que pode se fazer presente na vida de qualquer indivíduo. A base da Jornada do Herói é bastante simples: começo, meio e fim, mas essa fórmula é complementada por 12 estágios, que seguem abaixo. Note-se, que tal sucessão, pode ser encontrada na história do álbum, em narrativas mitológicas (conforme já citado previamente), em roteiros de filmes, desfechos de livros e, claro, na sua própria vida como um todo, ou com fatos e acontecimentos específicos.

– Mundo Comum – O mundo normal/cotidiano do herói.

– O Chamado da Aventura – Surge um chamado.

– Reticência do Herói ou Recusa do Chamado – O herói recusa ou demora a aceitar o chamado, com medo de sair de sua zona de conforto.

– Encontro com o mentor ou Ajuda Sobrenatural – O herói encontra um mentor que o ajuda a aceitar o chamado e o auxilia no que o segue.

– Cruzamento do Primeiro Portal – O herói abandona o mundo comum para adentrar num mundo mágico.

– Provações, aliados e inimigos – Aqui, aconetcem testes, encontra-se aliados e eaparecem também os inimigos.

– Aproximação – O herói consegue as provações positivamente.

– Provação difícil ou traumática – A maior crise da ciclo. 

– Recompensa – O herói enfrentou a morte, e vence o medo, recebendo uma recompensa, que consiste num elixir.

– O Caminho de Volta – O herói precisa retornar ao mundo comum.

– Ressurreição do Herói – Outro teste aparece, e é preciso encarar a morte. É preciso colocar em prática o que foi aprendido.

– Regresso com o Elixir – O herói volta para casa tento seu “elixir”, e pode usá-lo para auxiliar as pessoas no mundo comum.

A jornada segue durante todas as quatro faixas, sempre mencionando elementos místicos (feitiços, magia, deuses…) e elementos da natureza (dentro os quais, sol, folhas, cordeiro, inverno, e outros). Por fim, na última música, aparentemente, o protagonista sente-se encorajado e confiante por sua trajetória. Esses sentimentos podem ser notados nos seguintes trechos:

Abra as portas que encontramos em nosso caminho… Nós olhamos, vemos, nós sorrimos, nós olhamos, vemos, nós sorrimos (…)
Na medida que a vida parece ser, a vida parece ser uma lutar, lutar, lutar

(…)

Nós flutuamos nas sombras e claro, o nosso caminho de volta para casa
… voando para casa, indo para casa

(…)

É possível entendermos que o herói atingiu o estado de iluminação que procurava. “Voltar pra casa”, parece indicar o número 12 da Jornada de Campbell. E vê-se em “fluamos nas sombras”, que os medos se foram e as dificuldades estão superadas. O personagem irá retornar com seu elixir, e talvez ajudar outros seres que busquem este caminho. E não seria o elixir, o próprio álbum? É possível entendermos que sim, e que o Yes nos legou esta obra como portas de entrada para para um universo espetacular em termos musicais, e que carrega reflexões intensas em cada uma das músicas. É um verdadeiro convite à jornada espiritual.

Agora, vamos à capa, pois também é emblemática. A imagem capta muito bem o tema místico das músicas. A arte é de autoria de Roger Dean, e mosyta a Pirâmide de Kukulcán (México), que foi edificada pelos Maias. Além disso, é possível notar o Macaco de Nazca, uma das instigantes grafias existentes no Peru. Estas duas figuras representam duas das civilizações mais brilhantes que já existiram, e que até hoje deixam mistérios no ar, além de muitas vezes nos induzirem à reflexões e especulações acerca de suas tradições e de seus feitos.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

SIOUXSIE AND THE BANSHEES NO BRASIL: HISTÓRIAS DE FÃS


Organização: Juliana Vannucchi
Apoio: Gabriel Marinho

Agradecimento especial aos fãs que colaboraram para que este conteúdo fosse produzido.

Seja muito bem-vindo ao nosso memorial virtual que, através da colaboração de fãs 
brasileiros, reconstrói a história das passagens da banda Siouxsie And The Banshees por nosso país. Se você tiver qualquer conteúdo (foto, vídeo, depoimento, e outros) por meio do qual possa colaborar conosco, entre em contato através de nossa página oficial no Facebook: "Siouxsie And The Banshees Brasil", ou então, deixe um comentário nesta publicação. 

DATAS OFICIAS DOS SHOWS QUE A BANDA REALIZOU NO BRASIL (colaboração: Marcelo Badari):

1986:


27 e 28.11.86

São Paulo, Palácio de Convenções do Anhembi.

29.11.86

Santos, Clube Caiçara.

02.12.86

São Paulo, Palácio de Convenções do Anhembi - show extra.

30.11.86 e 03.12.86

Rio de Janeiro, Clube Monte Líbano.


1995:


22.05.95

São Paulo, Olympia.

24.05.85

São Paulo, Olympia.

25.05.95

Rio de Janeiro, Imperador.


DEPOIMENTOS DE FÃS:


Fábio Pandora:


Eu tinha 23 anos na época. O show foi no Imperator, ali no Méier, no ano de 1995. A principal lembrança que tenho deste show, foi que eu levei uma rosa, e no final das contas já não tinha ambições de entregá-la. Fui perdendo o interesse de acordo com os acontecimentos e na hora da entrada eu quase a descartei. Mas um amigo veio até mim e me perguntou o que eu estava fazendo quando fui rumo à lixeira pública. Ele me aplicou uma descompostura e disse que tinha certeza que ela iria amar. Sendo assim, eu entrei com a minha amiga, a rosa. Acho que estava tocando "Land's End"... Sinceramente eu não lembro. Apenas senti o som das vozes em uníssono gritando o meu nome. Eu não os ouvi. Eu senti. Suas vozes estavam numa rotação alterada, mais lenta... e foram se tornando nítidas paulatinamente, mas em poucos segundos, até que eu pude me concentrar no mundo de fora. Eu estava completamente apaixonado pela rosa, pois ela se abrira de um jeito inimaginável. Ela esta frondosa. Parecia que do jeito dela, estava sorrindo pra mim. Só sei que quando olhei pra cima, a Susan estava agachada com a mão direita estendida em minha direção e sorrindo. Eu entreguei a rosa pra ela delicadamente e ela saiu dançando com ela... Fiquei xingando o Steven o mais que pude, mas ele é inexorável. Não tive outro contato...
 
Eu fui lá pra ouvir "The Rapture". Claro que temos muitas canções que nos remetem a mil coisas, nos suscitam epifanias e outras viadagens... Mas eu senti que foi onde o gótico pop ficou maduro, cresceu e ficou mais triste que um vampiro depois do tricentésimo aniversário. Não sei explicar. Foi indizível. Senti um frio tão frio... Uma solidão tão cristalizada que tive de entender que morreria sozinho e que seria uma boa ideia trabalhar um pouco mais esta possibilidade... Esta música fez isso comigo. Nunca fui muito de ficar cultuando os antigos álbuns. Acho que a gente envelhece quando aplica termos como "bom e velho" e "o livro é muito melhor" e por aí vai. O agora é que é legal...

Não me lembro de nada de interessante ter sido dito. Só os clichês usuais. Mas lembro-me de uma entrevista que a Siouxsie concedeu para a revista Bizz - que depois passou a se chamar ShowBizz-, na qual ela relatou a sua decepção com os grupos musicais do Brasil. Ela disse que veio certa e ávida por encontrar um grupo de "Psycho-Samba" e nada parecido existia... Daí eu resolvi montar um grupo e... Foi isso.
 
Silmara de Oliveira:

São Paulo, Palácio de Convenções do Anhembi.

Vou contar o que me lembro, pois faz muito tempo (rs). Quanto ao primeiro show da Siouxsie, era 1986 e ela abria a temporada de shows internacionais, pois antes eram shows raros que víamos por aqui, então me parece que todos estavam ansiosos. Era tão grandioso o acontecimento que apareciam em programas, jornais da Globo, por exemplo... Era outro contexto, sem TV a cabo ou opções variadas de entretenimento e mídia. Eu me lembro de que foi no Anhembi, com cadeiras, e ficávamos em pé, extasiados, mas não dava para dançar como um ambiente livre de cadeiras. Naquela época, poucas pessoas conheciam todas as músicas, pois não tínhamos todos os LPs com acesso fácil e barato. Eu me lembro de sair em êxtase, a performance dela e da banda foi incrível, mas não me lembro de detalhes. Lembro que todos esperavam uma mulher de preto o tempo todo e ela surgiu na TV de amarelo, o que importava era o impacto e a influência da new wave inglesa, mas aqui no Brasil tínhamos a ideia de foco no "dark" (não se falava em gótico na época).

Alan Vegaz: 

São Paulo, Olympia.
 

Esse foi o primeiro show que assisti na vida!  Lembro que quando tocou o clássico "Red Light", o palco ficou todo vermelho. O público pulou muito em todas as músicas,  foi simplesmente perfeito! 

*Alan nos enviou as fotos abaixo, mas elas não são de sua autoria. Ambas foram tiradas por uma amiga (residente de Curitiba) que ele conheceu no Terminal Tietê e que posteriormente enviou as imagens para ele.

Imagem de 25/05/95.

Imagem de 23/05/95.

 
Maurício Delalba:

Santos, Clube Caiçara.


Fui ao show que fizeram em Santos, no ano de 1986. Foi excelente! (fiquei muito impressionado com tudo: a presença de palco, a qualidade do som, o chão tremendo com a galera pulando, a aparelhagem do Steven Severin - uma "torre" - e uma imagem que ficou marcada foi a Sioux cantando "Helter Skelter", dos Beatles, com o pé em cima do retorno e batendo a língua num "...Helter Skelter, la la la la la la...' rsrs... (lembro de depois bater um papo com uns caras da Plebe Rude que abriram o show e eu já conhecia de Brasília). 

São Paulo, Olympia.

Sobre o 2º show, já nos anos 90, a banda não tinha tanta expressão, mas eu fui conferir como fã. Lembro que foi igualmente bom, mas também não consigo dar detalhes. O cenário havia mudado com as influências de anos 90, o que eu achava muito chato, então acho que o show era só para fãs mesmo. Os dois shows foram ótimos, lembro que sai feliz dos dois shows (anos 80 e 90), mas não me lembro de detalhes, apenas do contexto geral, o que se passava na época.



Guto Jaacarva:

São Paulo, Olympia.


Salve, pessoal! Estou aqui realizando um depoimento pra lá de prazeroso, que fala dos dias em que eu pude ser uma das muitas testemunhas dos grandes shows realizados pela banda Siouxsie and the Banshees, nos dias 22 e 25 de maio de 1995, no extinto Olímpia, aqui na cidade de São Paulo.
O ano de 1995 havia começado e ao menos para mim, então com 18 anos, prometia ser mais um ano como outro qualquer. Estudar, trabalhar, e nos finais de semana colar nos roles góticos da época: Morcegóvia (Madame Satã), Bar Atus, Urbania. Não havia shows de grandes bandas e as bandas nacionais naqueles tempos não chamavam atenção da galera goths, como hoje em dia acontece. Foi quando em fevereiro deste mesmo ano, numa daquelas revistinhas teens da época, que minha colega de escola veio me mostrar uma reportagem sobre a banda Siouxsie & the Banshess. Ela disse: “Guto, tenho aqui uma reportagem daquela banda, da mulher de cabelos espetados que você gosta. Você quer pra você?” Peguei a revista na hora e vi que era uma pequena entrevista, com cerca de 3 ou 4 perguntas. Porém, a principal informação que Siouxsie deu não naquele bate-papo poderia ser melhor: dali a três meses ela fariam apresentações no Rio de Janeiro e São Paulo.  Pronto, entrei em choque... rsrsrs. Mas na época esse tipo de informação só tinha validade se saísse na revista Bizz, e saiu, em forma de outra entrevista onde Siouxsie confirmava o show e as datas de São Paulo. Kid Vinil também confirmou a data em seu programa na rádio 97FM.

A banda estava lançando aquele que foi também seu último álbum oficial, o The Rapture. A revistinha, que se chamava Carícia, trazia a tradução do single “O Baby”. Essa obra prima de despedida da banda já trazia Siouxsie e seu Banshees mais maduros, experientes e descompromissados com estilo “darkão” que os fez tão famosos. Rapture, assim como Supertition, disco que o antecedeu, de 1991, trazia uma banda desavergonhadamente pop, e mesmo assim, criativa e cheia de uma personalidade que só os Banshees eram capazes de ter.
Naquela mesma época, eu fazia parte de uma turminha de “adoradores dos Banshees”: Silvane, Wagner, Sandra, Fabíola, Ruti, Patrícia, as Glaucias, Ray, Silvia, etc, e daí em diante ninguém mais dormia, rsrsrs.

Fiquei desempregado e a solução para poder comprar ao menos um ingresso, para assistir ao menos um dos shows, foi vender meu LP importado do Bauhaus, o Sky´s Gone Out (hoje eu já o tenho novamente, rs), pelo exato valor do ingresso, na época, o caríssimo R$20,00. Comprei o ingresso número 46 para a pista, para o dia 22 de maio, na loja Woodstok Discos. Para a maioria dos garotos de 18 anos, ter uma moto, um fusquinha, ou um tênis da Nike era o objetivo. Adquirir aquele ingresso para mim foi a coisa mais fora de série que eu já havia conseguido! Mas eu ainda não tinha ideia das fortes emoções que eu viveria naquela semana de maio.

Segunda feira, dia 22 de maio de 1997, 7:30h da manhã e eu já estava na rua , sentido metrô Itaquera, não para trabalhar, mas para encontrar meu amigo e fã da Siouxsie, o Wagner. Devidamente trajados com nosso melhor look dark, moicano, jaqueta de couro e botas, e a camisetinha da amada rainha, meu coração parecia motor de motocicletas 400 cilindradas. Queríamos ser os primeiros da fila para entrar no show. Saí de mochila, munido de um visual para o longo do dia e outro, para a hora do show, além de levar lanches, água e uns trocados para alguma possível emergência. Era um menino, realizando um sonho feliz.

Infelizmente, não fomos os primeiros a chegar à porta do Olímpia naquela manhã quente. Já havia um casal de góticos lá. Rapidamente nos apresentamos e logo descobri que eles eram de Curitiba. Umas 2 horas depois chegou um pessoal de Brasília e assim fizemos nosso acampamento e todos tomavam conta das malas e mochilas que eram nosso ponto de encontro, caso alguém precisasse sair por alguma necessidade. Ao longo do dia a galera chegava timidamente.  Aproximadamente ás 14h, a banda passou por nossa fila, numa vã roxa da marca Besta, e deu a volta no quarteirão para entrar pelos fundos da casa de espetáculos que dava na rua paralela a rua da entrada do Olímpia. Foi uma correria só, todos tentando chegar junto da van - mas os seguranças não nos deixaram . Voltamos cabisbaixos para fila, porém, mais ansiosos do que antes!!

Aproximadamente às 15 horas pudemos ouvir a passagem de som da banda, e foi quando a primeira lágrima do dia escorreu em meu rosto. Tocavam Israel. Foi uma gritaria só na porta do Olímpia.
A partir das 17 horas o volume de pessoas chegando à fila era cada vez maior. A Rua Clélia estava tomada pela horda negra. A fila tomava quase todo o quarteirão.

Às 19 horas já era o momento de eu trocar de camiseta e ajeitar meu visual. Todos queriam estar muito bem produzidos para o grande encontro com a mãe do Post Punk e Gothic Rock, Siouxsie e seus Banshees. Eu já não me aguentava mais de ansiedade. De repente, Wagner e Silvane (Sil) chegaram até mim com ar de surpresa e mistério. Eles haviam feito ao longo do dia vaquinha na fila com os outros fãs e comprado o ingresso para o segundo show, que seria na próxima quinta-feira, dia 25 de maio. Cara!! Não sei até hoje como agradecer, foi um dos presentes mais fofos e fodas que eu já ganhei. A Sil disse que era de coração e por eu ser um fã sincero e verdadeiro e por isso eu merecia aquele gesto tão bonito da turminha! O pessoal me chamava de Guto Sioux kkkkkkkk. Abracei todo mundo, muito feliz e já pusemos a combinar de chegarmos bem cedo no dia 25 de maio, como fizemos no dia 22.

Às 20 horas os portões se abriram. Cintos de rebites, pulseiras, toda a parafernália punk ficou pra fora, por questões de segurança. Câmeras fotográficas e filmadoras na época eram proibidas, mas consegui entrar com duas câmeras fotográficas escondidas em minha mochila, misturadas ao meu lanche... rsrsrs.

Daí pra frente foram as 2 horas mais longas da minha vida. Aproximadamente às 22 horas do dia 22 de maio de 1995, finalmente ela entra em cena. Siouxsie e os Banshees aparecem ocupando suas posições, como gigantes que eram aos meus olhos. Eu e minha turma estávamos todos ali, suados, felizes e espremidos na grade! Era o primeiro show internacional que eu assistiria e logo a minha maior Diva. O set foi de aproximadamente 80 minutos, onde a jovialidade de Siouxsie, sua energia incansável, apesar de estar completando naquela semana 38 anos, botava muito adolescente no chinelo. A banda misturou grandes hits dos anos 80 como Spellbound, Israel, Cities In Dust, Red Light, Night Shift, Peek a Boo, Christine, com musicas de seu novo álbum , The Rapture, como O Baby, e The Double Life, e foi nessa hora que chorei muito, a emoção tomou conta de todos , que dançaram, pulara, gritara, e cantaram o show todo. Muitas meninas passaram mal e precisaram ser erguidas e levadas ao posto médico local. Siouxsie, apesar da recepção calorosa de um público ansioso e apaixonado, estava séria e focada nas músicas, não se comunicava muito com o público, mas no final fez um show impecável, digno da grandeza do nome que ostenta até os dias de hoje e do título de rainha Dark. 

No final do show passei um pouco mal, por causa do calor. Fui para casa com uma felicidade jamais sentida, como se tivesse sonhando acordado, mas logo me lembrei, na quinta-feira, dia 25 de maio tinha mais..

Segundo dia de show...  (Guto Jaacarva):

No dia seguinte ao show da Siouxsie, eu ainda estava com a cabeça lá no Olímpia, lembrando tudo que vivi junto aos meus amigos. Comprei todos os jornais nos quais encontrei alguma menção sobre o show. Minha mãe me surpreendeu porque contou que o início do show – mais precisamente, as três primeiras músicas -foram transmitidas ao vivo pela TV Cultura. Até hoje procuro este vídeo!

Lamentavelmente, das duas câmeras que entraram comigo, nenhuma me pertencia, logo, eu não tinha nenhuma foto. Uma era de Fabíola e outra do Wagner. Este último e sua esposa, anos depois, virou um crente fanático, e levou toda sua coleção de discos, fitas, camisetas da Siouxsie e outras bandas para a “fogueira santa”... grrrrr.

No dia 24 de maio, os Banshees realizaram um show no Rio de Janeiro. Segundo comentários de alguns paulistas que ali estiveram, não foi para um público tão grande como o de segunda-feira, no Olímpia, em São Paulo. Enfim, dia 25 chegou! E lá estava eu, de manhã cedo, com meu uniforme preto, minha velha jaqueta com o logo do “Alien Sex Fiend” nas costas, a caminho do Olímpia. Desta vez fui sozinho. Cheguei aproximadamente às 10 da manhã, e tal como ocorreu no primeiro dia, já tinha um pessoal por lá. Muitos já exibiam fotografias tiradas aventureiramente durante o show e na porta da casa no dia 24.

Minha ansiedade já era mais controlada dessa vez. Era um veterano ali na fila, já que muitos que apareceram ao longo dia, não haviam ido ao outro show. As horas não demoraram tanto para passar, rsrs. Porém, quando escureceu, a Rua Clélia foi literalmente tomada por uma multidão, fato que não aconteceu na segunda-feira. Depois deste dia, fiquei sabendo que a casa tinha atingindo sua lotação máxima, com mais de 2000 pagantes!

A banda veio direto do RJ para este show, e eis que com seu atraso já de praxe (eram aproximadamente 21h:40) a banda finalmente entra em cena. E eu estava novamente com a minha turminha de segunda-feira! Ficamos bem de frente do Severin (baixista) que se divertia com a bagunça que a gente fazia. Aliás, a banda toda estava sorridente. Todos se comunicavam com o público através de gestos, sorrisos e olhares. Siouxsie estava linda como sempre, era uma Deusa em seu castelo, o palco. O repertório foi praticamente o mesmo do show anterior, porém com algumas alterações na ordem das faixas tocadas. O barulho da platéia era algo realmente fora de série e contagiante. Era simplesmente impossível ficar parado!! Quando começou a tocar “Spellbound”, eu disse: “Ai meus Deus, socorro!”. A casa toda pulou! Em “Face To Face”, Sioux gritava e imitava gato (ela nem precisava, era uma gatona). Na música “Peek a Boo”, todos da banda dançavam e circulavam no palco e aquilo virou uma bagunça! A Siouxsie pulou nas costas do tecladista Martin (que nesta música empunhava um acordeon) que virou cavalinho dela, e depois eles despencaram no chão. O Baixista Severim e o Budgie (baterista), riam muito enquanto rolava aquela zona. O guitarrista John Cale (ex-Velvet Underground) vestia calça de vinil e camiseta da seleção da Holanda (?!) e a Siouxsie estava louca, literalmente contagiada pela troca de energia, e até desceu rapidamente do palco. Colou na grade e foi um desespero só, pois não podíamos tirar fotos naquela época. Os seguranças agrediram e tomaram câmeras de muitas pessoas que tentaram. A galera que estivera nos show de 1986 estava lá também neste dia, era pessoas mais velhas, e sem esse deslumbre teen de visual gótico e coisas assim. Muitos deles um dia já fora assim, mas naquele dia eram meros fãs a aplaudirem. Em “Red Light”, a casa foi a baixo. Foi um showzaço digno de final de tournée. Siouxsie ainda arriscou falar algumas palavras em português E se despediu. A banda seguiu para a divertida noite de São Paulo, seguida por alguns fãs desejosos de obterem alguma foto ao lado da grande Diva, e entre eles o baterista da banda Titãs, Charles Galvin este que emprestara seus pratos para Budgie.

Na sexta feita, às 10h30min da manhã, a banda partiu de volta para Inglaterra. A magia acabou para muitos que estiveram no Olímpia naqueles dois dias de shows, e restaram apenas as lembranças eternas para pessoas que como eu, ainda hoje amam estes artistas e que agradecem muito a possibilidade dada por eles de podermos prestigiar e testemunhar a grandeza da arte destes excelentes músicos, que hoje, em  2019, fazem muita falta.


Abaixo você confere fotos exclusivas, que goram gentilmente compartilhadas pelo Guto.






Propaganda do show dos Banshees.

Henrique Braz Giudice:

2 shows em São Paulo, no Olympia:

Os dois shows foram muito emocionantes pra mim, a atmosfera que pairava sobre a já extinta casa de shows Olympia, era realmente uma mistura de expectativa e de estar fazendo parte de algo histórico. Muitas meninas de preto com maquiagem gótica, meias pretas rasgadas, e os caras quase sempre com camisas de bandas como Bauhaus, Sisters of Mercy, Joy, Echo e, claro muitas da Siouxsie! A vodka no boteco da esquina serviu como combustível e inspiração para uma noite inesquecível dos saudosos anos 90, que por essas duas noites se transformaram nos melhores dias da década... Saudade pode definir o que foram esses dois dias mágicos. 

Marcelo Badari:

Santos, Clube Caiçara.

Uma cortina divide lado a lado o palco, a bateria da Plebe Rude num canto… Eles tocaram meio espremidos… A cortina abre devagar ao som de Cities in Dust, se não me engano… lá atrás a bateria do Budgie no meio da fumaça de gelo seco… logo ela entra numa dança hipnótica… o resto é show! 

São Paulo, Palácio de Convenções do Anhembi.

Não me lembro de ter banda abrindo no show extra. Como eu estava num lugar alto na plateia, dava pra ver bem o chão e me chamou a atenção a quantidade de pedais do Severin, mais que o do guitarrista. Em ambos os shows os seguranças do Fonseca’s Gang não deixavam a gente fotografar. Em Santos tive que deixar a câmera na entrada do clube. Em SP eles deixaram eu entrar com ela, mas retiraram o filme. Até resolvi fazer um clique no meio do show… mas ao disparar o flash já vieram uns seguranças pra cima de mim. Ouvi dizer que a banda agradeceu o Fonseca’s Gang no disco de covers que eles lançariam depois que retornaram pra Inglaterra, o Through the Looking Glass. Mas na edição nacional não aparece nenhum agradecimento a eles.
 
São Paulo, Olympia.

Em 1995 no final de um dos shows eu e um amigo tentamos passar pelos seguranças pra ir até o camarim, mas não foi possível. Vimos o Charles Gavin entrando no camarim, que ficava atrás do palco. Ele, muito sacana, fez um tchauzinho pra gente. Antes dos shows bebemos muita vodka no bar na esquina próximo ao Olympia e apenas alguns flashes ficaram registrados na minha memória.


Jackie Sioux:
  
São Paulo, Olympia.
 
Sinceramente, só lembro mesmo da hora em que a Sioux subiu no palco. E eu consegui uma baqueta do Budgie no final do show!! Ele jogou as duas e uma delas caiu bem ao meu lado! Peguei e logo a escondi debaixo do sobretudo que estava vestindo! Gostaria muito de conhecer quem pegou a outra ... rsrs. 
A fã Jackie Sioux, que atualmente reside na capital paulista, teve o privilégio de pegar uma das baquetas do Budgie.
Luis Lopes:

São Paulo, Palácio de Convenções do Anhembi.

Lembro bem quando a banda Siouxsie and the Banshees veio ao Brasil pela primeira vez em 1986, época em que promoviam o álbum Tinderbox, aquele álbum do hit “Cities in Dust”.

Tocaram em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro, antes de partirem para apresentações em Buenos Aires. A vinda da banda foi um frisson, afinal na época era improvável assistir um grupo de destaque no Brasil, tanto que as duas datas originais em São Paulo ficaram rapidamente esgotadas, levando a 2 shows extras, todos no Palácio das Convenções do Anhembi. Foi o prenúncio de uma era dominada pelo rock inglês, e que abriu o mercado de shows para artistas como PIL, Echo and the Bunnymen, New Order, The Cure, B.A.D., The Mission e diversos outros que começaram a dar as caras por aqui.

Nunca vi nada assim, tão forte, mágico e contagiante. Os Banshees são uma banda única, concentrados e mergulhados em seu som, pungentes em cada nota, riff ou nuance. Siouxsie por si só vale o show, sua voz é diabolicamente angelical, se movimentando por todo palco, marcada pelo ritmo e agressividade das baquetas de Budgie, dos riffs e intervenções inventivas da guitarra de Carruthers, e dos graves de Steve Severin.

O som estava perfeito, mas alto o suficiente para deixar aquele zumbido na cabeça após o show, o palco tinha nas extremidades painéis ilustrados com o logo da banda e do selo Wonderland, e que foram usados em “Happy House” como cenário para bem sacada cena de brigas de marionetes.
Foi uma noite marcada pelos maiores deuses para uma grande e mágica festa! Esse texto é original do meu de 1986 que estava até outro dia perdido num caderno! 


Obs 1: Este texto escrito por Luis Lopes foi originalmente publicado no (excelente) site "Vi Shows" que, aliás, é indicado pelo nosso blog: http://www.vishows.com.br/2018/05/27/uma-primavera-siouxsie-sioux-estreia-no-brasil-1986/

Obs 2: Abaixo, você confere alguns registrados fotográficos das passagens da banda pelo Brasil. Infelizmente, não sei de quem é a autoria de todas imagens para dar os devidos créditos, e se alguém souber, essa informação será de grande valia. 

Essa foto incrível e única foi registrada por Luca Mesquita. Foi tirada no Olympia, no momento em que Sioux cantava "Red Light".
Palácio das Convenções (Anhembi/ SP), dezembro de 1986. (Imagem retirada do site "Vi Shows").
Palácio das Convenções (Anhembi/ SP), dezembro de 1986. (Imagem retirada do site "Vi Shows).
Palácio das Convenções (Anhembi/ SP), dezembro de 1986. (Imagem retirada do site "Vi Shows - Créditos: Maurício Valladares).
Siouxsie Sioux e o baterista Budgie, junto com o músico Charles Gavin, do Titãs. 
Os Banshees curtindo o Rio de Janeiro...
A banda no camarim, em 1995.
Esq. para a dir.: Budgie, Siouxsie e Charles Gavin, em 1986. Créditos: Maurício Valladares.
Cartaz de divulgação do show extra que a banda realizou no Brasil, em 1986.




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