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Um breve questionamento e historio sobre o assunto.

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WOLF CITY - AMON DUUL II

Wolf City é um dos maiores clássicos do Rock Progressivo. É um álbum que celebra magicamente este gênero musical, e que é foi gravado por artistas imensamente talentosos

sábado, 29 de julho de 2023

A PROPOSTA PACIFISTA DE LENNON É UMA PRÁTICA POSSÍVEL?

Por Juliana Vannucchi

Há três figuras icônicas que todos que vivem no Ocidente certamente conhecem: Jesus Cristo, Adolf Hitler e John Lennon. Lennon, é claro, é o melhor dos três. O músico inglês, além de ter se destacado como vocalista dos Beatles, também se tornou um dos maiores pacifistas do século, tendo envolvimento crítico e forte militância em diversas questões políticas e sociais. Não à toa, foi um dos responsáveis por pavimentar os caminhos da cultura hippie, cujas raízes possuem clara inspiração em muitas de suas atitudes e discursos. 

As contribuições e lutas de Lennon pela paz foram inúmeras, e nesse sentido a música sempre foi o principal meio de protesto. Exemplos não faltam: em 1970, o músico presenteou o mundo com a famosa canção "Give Peace a Chance", através da qual se posicionou veementemente contra a Guerra do Vietnã. Pouco depois, Lennon também se manifestou politicamente, postando-se contra a participação da Grã-Bretanha na Guerra Civil Nigeriana. Vale citar ainda as clássicas e populares músicas “All You Need Is Love”, lançada em 1967, cuja letra pretendia veicular uma mensagem objetiva capaz de ser compreendida em todo o planeta, e “Revolution”, de 1968, que expressa um discurso antiviolência, mensagens humanistas e um ideal pacifista de mundo. Em tal contexto, cabe lembrar que a célebre e famosa frase “Faça amor, não faça guerra”, que se tornou lema da contracultura e ainda reverbera em nossos tempos, também é de autoria de Lennon. E não podemos deixar de citar a famosa faixa "Imagine", lançada originalmente num de 1971, e aclamada até hoje nos quatro cantos do planeta, tornando-se um hino atemporal pela paz. Curiosamente, até mesmo Fidel Castro, que vetou as canções dos Beatles durante seu governo, rendeu-se à música e ergueu uma estátua em homenagem a Lennon. Falando nisso, vale citar que o próprio músico, aliás, chegou a associar a faixa com o comunismo: "Imagine que não exista mais religião, imagine que não exista mais país algum, imagine que não exista mais política' é virtualmente um manifesto comunista, mesmo que eu não seja particularmente comunista e não pertença a nenhum movimento". Por outro lado, apesar dessa aproximação com bandeiras comunistas, entenda-se que o princípio de antiviolência defendido por Lennon estava além de qualquer bandeira e por isso chegou a incomodar e gerar atrito com uma ala da esquerda britânica que acreditava que a destruição deveria anteceder qualquer revolução, discordando, assim, do conceito pacifista de Lennon. Em suma: exemplos do engajamento do artista não faltam.  

 

Não seria incoerente ou mesmo contraditório pensarmos que para atingirmos a paz, precisamos, necessariamente, de meios violentos?
 

Neste ponto de nossa abordagem, torna-se válido examinar com mais atenção o conceito de antiviolência que foi amplamente defendido pelo ex-Beatle e ao qual nos referimos brevemente no parágrafo acima: Lennon adotava assumidamente uma postura antiguerra, o que significava que para ele a violência poderia ser evitada em qualquer circunstância, pois não seria um caminho sensato para a resolução de problemas e muito menos seria o único meio existente para a obtenção da paz. Esta, segundo o músico, poderia ser alcançada por outras vias, sem que houvesse destruição, bastando disposição e esforço dos lados envolvidos. A letra de “Revolution” aborda justamente essa questão e elucida bem a perspectiva pacifista de Lennon. Isso pode ser notado no seguinte trecho, no qual nota-se que, embora a maior parte das pessoas almeje mudanças e se disponha a lutar por elas, muitas vezes apoiam-se na violência para atingir seus objetivos tidos como pacíficos.  Lennon coloca-se fora dessa rota, reprovando essa postura: 

“Você diz que quer uma revolução
Bem, você sabe
Todos nós queremos mudar o mundo
Você me diz que isso é evolução
Bem, você sabe
Todos nós queremos mudar o mundo
Mas quando você fala de destruição
Você não sabe que não pode contar comigo?”

Globalmente falando, é certo que a maior parte das pessoas, de fato, conforme sugere o músico inglês, deseja mudanças e profere discursos a favor da paz. Um mundo sem guerra, com mais harmonia, justiça e igualdade parece sempre um ideal nobre pelo qual deve-se nutrir esperança e pelo qual todos devemos nos engajar. Lennon constata isso na passagem examinada acima, colocando-se como uma dessas pessoas em busca de mudanças positivas. No entanto, como vimos, ele se situa fora da multidão de indivíduos que clama e mesmo pratica a destruição para a obtenção da paz, e levanta com isso o seguinte problema: não seria incoerente ou mesmo contraditório pensarmos que para atingirmos a paz, precisamos, necessariamente, de meios violentos?

Após se unir à contestada Yoko Ono, o músico deixou a carreira com os Beatles de lado para se dedicar de vez ao seu engajamento pacifista. A dupla marcou presença em diversas campanhas humanitárias. Em 1969, após se casarem, passaram a lua de mel numa cama – a famosa bed peace - no Hotel Hilton, na capital da Holanda. Enquanto estavam lá, recebiam jornalistas todos os dias. Numa das entrevistas realizadas na ocasião, Lennon, conforme divulgado pelo portal DW, declarou: "Todos falam de paz, mas ninguém faz nada por ela. A gente pode deixar crescer os cabelos ou renunciar a uma semana de férias pela paz. O importante é que ela só pode ser atingida com métodos pacíficos. Combater um sistema com as armas é errado. Eles são milhares e ganhariam sempre. Se quiserem te apagar, te matam”.

O conceito de antiviolência é uma possibilidade plausível que pode ser efetivamente aplicada em nossa realidade?
 

Teoricamente, o tipo de discurso propagado pelo músico é tocante, e não há dúvida de que seus feitos continuam inspirando ativistas do mundo inteiro e dos mais diversos movimentos sociopolíticos. Lennon, de fato, foi um militante enérgico, e certamente seu engajamento foi muito determinante para o mundo. Mas será que as lutas de Lennon continuam fazendo sentido em nossos tempos? O conceito de antiviolência é uma possibilidade plausível que pode ser efetivamente aplicada em nossa realidade? Ou Lennon foi apenas um sonhador utópico, já que ele mostra, afinal, que para algumas pessoas, só é possível atingir sua finalidade (no caso, a paz), através daquilo que é justamente o que a própria finalidade combate (conflito, agressão, guerra, etc.)? Ademais, todas essas colocações podem nos levar a meditar sobre o fato de que a própria paz pode ser uma utopia ou um estado que jamais será globalmente atingido e que nós, conforme Lennon sugeriu em “Imagine”, somos meros sonhadores... 

A questão fica aberta e o problema parece difícil de ser solucionado. Neste caso, atenhamo-nos ao debate, que por si só já é algo indispensável. 

Referências:

MILANI, V. P. ‘We all want to change the world’: John Lennon, Yoko Ono e a nova esquerda. Ideias, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 189–208, 2018. DOI: 10.20396/ideias.v9i2.8655182. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8655182. . 

https://pt.wikipedia.org/wiki/All_You_Need_Is_Love.

https://www.dw.com/pt-br/1969-lennon-e-yoko-dormem-pela-paz/a-480475.

terça-feira, 11 de julho de 2023

ROCK, FEMINISMO E SUPERÇÃO: A TRAJETÓRIA ARTÍSTICA DE FABI BELLENTANI

Por Juliana Vannucchi 

"A vida de uma pessoa tem valor quando ela atribui valor à vida das outras, seja por meio do amor, da amizade, da indignação ou da compaixão".

 Simone de Beauvoir 

Fabi Bellentani é uma musicista sorocabana de destaque na cena independente local. Atualmente, é produtora musical e baixista, sendo que no passado sua trajetória artística foi especialmente marcada pelo enorme destaque que obteve com sua banda “Flip Chicks”, cuja carreira foi curta, mas explosiva e marcada por grande sucesso e reconhecimento. 

 A história de Fabi, no entanto, começou a ser desenhada muito antes da existência da banda dar seus primeiros passos. Foi no final da infância que a sorocabana começou a se encontrar no universo musical. Nesse período, Fabi começou a tocar órgão depois de conhecer o instrumento na casa de um vizinho. Seus pais a colocaram num curso e compraram um órgão para a filha, que logo se familiarizou com ele. Porém, infelizmente, o instrumento precisou ser vendido para suprir dificuldades financeiras. No entanto, seu vínculo com a música permanecia forte. Fabi sempre gostou de cantar e se lembra: "Eu cantava bastante, em todos os cantos de casa e às vezes na escola, mas era muito tímida. Tinha vergonha de absolutamente tudo". Anos mais tarde, porém, perto dos trinta anos, sua vergonha seria superada pela paixão, pois Fabi começou a se aproximar cada vez mais da cena independente de Sorocaba, frequentando locais como o Asteroid e o Carne de Segunda, espaços alternativos que despontavam na cidade e ofereciam oportunidades para compositores e bandas autônomos: "Nesse período, influenciada pela cena que se fortalecia, voltei a estudar música. Lembro que certa vez eu simplesmente coloquei na cabeça que queria montar uma banda só de meninas. Isso aconteceu basicamente porque eu percebi que o mercado musical era essencialmente machista e eu queria mudar isso de alguma forma”. Fabi, então, passou a buscar musicistas mulheres que estivessem dispostas a embarcar nessa aventura. Conheceu a Stela Maris no Asteroid, conforme se recorda: “Estávamos dançando na pista, nunca antes havíamos conversado e eu, subitamente, propus que criássemos uma banda. Ela topou e imediatamente abraçou a ideia. Na semana seguinte, a Stela arranjou uma bateria e eu consegui um baixo". A partir de então, Bellentani aprendeu a tocar o instrumento de maneira autodidata. Izzy Fernandes se juntou ao grupo assumindo a guitarra. 

Assim surgiu a banda “Flip Chicks”. O trio teve uma ótima interação desde o início e, em 2013, o primeiro EP, que era essencialmente autoral, foi lançado. As letras das músicas compostas pelas integrantes, de modo geral, falavam sobre a luta da mulher pela liberdade, pela conquista e consolidação de seu espaço social. A banda foi elogiada e amplamente divulgada em Sorocaba e região. E as fronteiras não foram um entrave, pois o trio chegou a tocar num festival feminista, produzido por um coletivo de mulheres no Rio de Janeiro, em que todas as bandas eram lideradas por meninas. 

 Tudo fluía de uma maneira positiva e inesperada. Fabi estava cada vez mais acostumada com os palcos quando, em 2015, sofreu um grave acidente de trabalho. Como consequência dele, uma vértebra da lombar saiu do lugar e empurrou o ciático. A dor era intensa e Fabi precisou fazer uma cirurgia, no dia 11 de setembro. A baixista se recorda da ocasião: "Entrei no hospital andando e fiquei paralítica durante o processo cirúrgico. Tive uma hemorragia séria... Quando voltei da anestesia, não sentia as pernas. Os médicos e enfermeiros disseram que isso era normal e que os movimentos voltariam dentro de 48 horas, mas para surpresa deles e minha também, isso não aconteceu". A partir daí, a música, o baixo e os palcos se tornaram uma lembrança nebulosa para a artista sorocabana. A banda estava definitivamente acabada. Fabi então começou um longo e desgastante processo de fisioterapia: "Lembro que a minha perna direita até voltou a ter uma reação, mas isso, infelizmente, era insuficiente para que eu pudesse andar. A perna esquerda não voltava, parecia desconectada do meu corpo". Foram inúmeros tombos para subir na cadeira de rodas, muitas lágrimas derramadas, dificuldades e mudanças vividas na época. Os diferentes médicos que frequentou asseguraram que Fabi não voltaria a andar e sugeriam que ela se conformasse: "Mas eu dizia a mim mesma: isso não é uma opção". Com ajuda da fisioterapeuta, que Fabi descreve como "um anjo", gradualmente e com muito esforço, conseguiu finalmente recuperar os movimentos das duas pernas. Ao longo desse árduo processo, que exigia muita dedicação e fazia com que sentisse dores agudas na coluna, Fabi também precisou enfrentar a trágica perda do pai, que foi uma figura indispensável para que ela encontrasse forças para voltar a andar, pois era ele que sempre a acompanhava quando ela já estava conseguindo caminhar de muletas. Depois de seu falecimento, durante um período, Fabi abandonou o tratamento fisioterapêutico e entrou num estado emocional delicado e, embora não tenha religião, encontrou um pouco de conforto e esperança em doses de ayahuasca e rituais xamânicos, que a ajudaram a retomar seu caminho e ter forças para seguir. Ela, então, retornou à fisioterapia e voltou a caminhar. 

 

"Fabi não apenas se dedica à música, sua personalidade também está intimamente ligada ao contexto político, no qual possui bastante engajamento".
 

Em 2020, contudo, antes do início da pandemia, descobriu que tinha uma doença denominada espondilite anquilosante e, por mais que o conhecimento do diagnóstico tenha sido um choque, também, de certa forma, foi libertador, pois Fabi pôde, então, compreender porque sentia tanta dor após a cirurgia feita na coluna. Nessa época, durante o confinamento, juntou-se com multi-instrumentista Sidan Rogozinski e com o guitarrista Rafael Santos. Ela foi vocalista e responsável pela mixagem e composição do debut da banda, intitulado “Prefácio”. Foi uma experiência significativa que indicava que Fabi estava finalmente voltando a ser ativa no meio musical. No entanto, nessa época, apesar do entusiasmo com o projeto, Bellentani ainda sentia muito incômodo com as dores na coluna e optou por se afastar do projeto. Em dezembro de 2022, por meio do SUS, Fabi começou a fazer o tratamento adequado para a doença mencionada e, desde então, está finalmente sem dor: "Apesar de estar me aproximando da música há algum tempo, foi no final do ano passado que eu, de fato, voltei a estudar contrabaixo e retomar de vez a minha vida de uma maneira mais organizada". Fabi também refletiu: “A música nunca saiu da minha vida, mas a condição de saúde trouxe várias limitações e prioridades. Nos últimos anos, contudo, quando deixei as muletas, fui voltando a compor e editar faixas. Recentemente realizei cursos de produção musical, sendo um deles feito com o talentoso Paulo Anhaia. Atualmente estou aprendendo a tocar guitarra e também estou começando a me familiarizar com a bateria. Sinto que agora estou finalmente de volta”. 

Mas hoje Fabi não apenas se dedica à música, sua personalidade também está intimamente ligada ao contexto político, no qual possui bastante engajamento. Sua vida é atualmente marcada por protestos e críticas à extrema-direita, combate a ideologias fascistas e especialmente por uma luta interminável contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, cuja gestão é lembrada por uma série de mentiras e pelo genocídio pandêmico. Sua repulsa a ele, entretanto, não surgiu nos últimos anos: “Em 2016, comprei uma camiseta na qual estava escrito "Bolsonaro, seu bosta". Na época eu já era ameaçada na rua quando a usava. 

 

"Penso, sinceramente, que as meninas desde cedo deveriam saber distinguir, observar esses aspectos sociais machistas para que, então, aprendam a batalhar contra tais injustiças".
 

Atualmente, Fabi também está trabalhando na faixa cover que está sendo criada com o artista Weslley Joanes, de São Paulo, além estar se dedicando à produção uma música autoral, que está sendo elaborada numa parceria feita com o músico sorocabano Lucas Souza. Ademais, Bellentani nos revelou que está dando vida a um projeto que será realizado ao lado da artista Amanda Costa. O primeiro EP que a dupla lançará será temático, composto por um total de seis faixas, contará somente com a participação de musicistas mulheres, e as letras narrarão a história de uma mulher fictícia, vítima de machismo, que sofre uma série de violências que outras mulheres também enfrentam no dia a dia. O projeto é embrionário e ainda não há previsão de lançamento. Além disso, na realidade, de modo geral, Fabi, no momento, tem tanto uma vida quanto um processo musical intimamente ligados à política. A artista considera que o feminismo é uma luta necessária. Essa perspectiva surgiu após o estudo do livro “História do Patriarcado”, que a despertou de vez para uma visão crítica a respeito de um grave problema social. Fabi, nesse sentido, acredita que toda mulher deve lutar. A baixista refletiu: “O feminismo é um conhecimento que permite que a mulher se iguale aos homens. Sabemos que os salários entre ambos, por exemplo, são desiguais para os mesmos cargos. Por que isso ocorre? Como concordar com algo assim? Eu já senti isso na pele. Penso, sinceramente, que as meninas desde cedo deveriam saber distinguir, observar esses aspectos sociais machistas para que, então, aprendam a batalhar contra tais injustiças. O feminismo, pra mim, portanto, é uma luta necessária”. Nesse sentido, Fabi compreende que a religião é um dos tantos elementos que acorrenta as mulheres e as prende num modelo de vida limitador e opressor, que faz com que elas sejam existencialmente anuladas diante dos homens. Cabe lembrar, inclusive, que o single de maior sucesso de sua ex-banda “Flip Chicks” chama-se “No Religion”. 

Há alguns anos, Fabi, após muito empenho, finalmente terminou de criar um estúdio profissional em sua própria casa e desde então se propôs a abrir o espaço para receber artistas interessados: “A música tem que ser universalizada. A arte, em si, precisa ser compartilhada”. A intenção é gravar faixas e mesmo álbuns completos de cantores e bandas independentes. Fora do âmbito musical, Fabi se dedica a estudos e leituras diversos, tendo recentemente despertado um profundo interesse pela obra de Karl Marx e pela filosofia ocidental. Ademais, eventualmente, ocupa-se com colagens, sendo algumas delas temáticas, explorando temas específicos - como o feminismo, por exemplo, como é possível ver na imagem abaixo. 

A história de Fabi Bellentani, assim como a das próprias mulheres, é o retrato de combates, perdas e conquistas. Mas, sobretudo, é uma história inspiradora de persistência, garra, paixão pela vida e amor pela música. Sabemos que seu talento ainda irá gerar muitos frutos e legados enriquecedores para a cena underground brasileira.

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