Fanzine Brasil

SIOUXSIE SIOUX - SOPROS DE VIDA

Grandes homens, assim como grandes tempos são um material explosivo interior do qual uma força imensa é acumulada (....)

“DISCO DA BANANA”- A OBRA PRIMA IGNORADA

Eu sabia que a música que fazíamos não podia ser ignorada

SEX PISTOLS - UM FENÔMENO SOCIAL

Os Sex Pistols foram uma das bandas de Rock mais influentes da história.

ATÉ O FIM DO MUNDO

Com custos acima de mais dez milhões de dólares, é um filme encantador, artístico, típico das obras de Wim Wenders, realmente, é uma obra fascinante, mais uma certo do diretor alemão.

AFINAL, COMO SURGIU O CINEMA?

Um breve questionamento e historio sobre o assunto.

ATÉ O FIM DO MUNDO

Com custos acima de mais dez milhões de dólares, é um filme encantador, artístico, típico das obras de Wim Wenders, realmente, é uma obra fascinante, mais uma certo do diretor alemão.

WOLF CITY - AMON DUUL II

Wolf City é um dos maiores clássicos do Rock Progressivo. É um álbum que celebra magicamente este gênero musical, e que é foi gravado por artistas imensamente talentosos

terça-feira, 17 de agosto de 2021

ALICE COOPER: O REI DO SHOCK ROCK

 Por: Juliana Vannucchi


Quando todo mundo é normal eu sou estranho, quando todo mundo é estranho eu sou mais ainda”. (COOPER, Alice
).


APRESENTADO VINCENT FURNIER:


Quando Vicent Furnier assumiu o nome artístico Alice Cooper, um personagem lendário ganhou vida e o Rock and Roll se transformou para sempre. Cooper é uma figura eterna no sentido de que não se esgotam as especulações e reflexões a respeito de sua vida e de sua obra. Hoje vamos conhecer e examinar um pouco mais de perto esse artista caricato.

Vincent Furnier nasceu em Detroit, em 4 de fevereiro de 1948. Quando tinha aproximadamente sete/oito anos, afirmava que queria ser o Elvis Presley. Além de admirar o Rei do Rock, era um grande fã de baseball. Para o pequeno Vincent, no entanto, praticar seu esporte predileto ou pular e cantar como Elvis era um tanto complicado, pois sua saúde era exatamente frágil.

A morte se aproximou do garoto na tenra idade. Quando ele tinha 11 anos, ficou seriamente doente, e foram extraídos quase 5 litros de veneno do seu corpo. A quantidade de veneno era tão grande que seu sangue ficou mais grosso do que o normal, e os médicos disseram que a sua chance de sobrevivência era de 10%. O menino perdeu peso e teve uma séria queda capilar. Foram três meses no hospital, mas ele sobreviveu, apesar de ter visto de maneira impactante a sua finitude! Certamente, esse contato com a morte foi refletido em sua carreira musical. Ele próprio já admitiu isso ao mencionar a morte como uma temática presente em seu lirismo, ao passo que, por sua vez, engajamento social e político seriam componentes ausentes no universo de Alice Cooper: “Vamos admitir, política e religião são um tédio (...) A maior parte das pessoas não se importa realmente com elas. As únicas coisas que importam para elas são morte, sexo e dinheiro. Então escrevermos música basicamente sobre esses assuntos”. (2013, p.270). Aqui, é válido citar um outro aspecto que marcou sua juventude e também influenciou toda a estética de Cooper: os filmes de terror. Ele era apaixonado por esse gênero. Dentre os seus preferidos estavam “A Filha de Drácula” e “O Monstro da Lagoa Negra”. Tudo isso foi levado para os palcos, nos quais Cooper não subia apenas para cantar. Ele sempre fazia questão de deixar claro que não realizava um “show”, mas sim, um “evento”: “É tipo: Alice está chegando em quatro meses! (...) Eu quero que as pessoas fiquem ansiosas com o fato de que estamos chegando na cidade, nada do tipo ‘Quem vamos ver essa semana? Bom, vamos lá ver Alice...’; eu quero que eles falem, ‘Uau, Alice está aqui! Cara, o que será que vai acontecer nesse novo show?!’”. (2013, p. 181).

 

(...) me chamar de satânico é pisar no que eu realmente acredito (...)

De fato, ele se tornou um mestre performático que sempre chocou o público com apresentações sanguinárias e aterrorizantes que fizeram dele o grande e genial rei do Shock Rock!

Na época da escola, era um garoto tímido, mas tinha um aproveitamento bom. Gostava muito de James Bond e era fã de Salvador Dalí. Apreciava jogar golfe e lia HQs do Homem-Aranha e do Quarteto Fantástico. Mesmo após formar uma banda, Vincent frequentava a igreja. Seu pai, homem de muita fé, era pastor, e todos encaravam o jovem com certa desconfiança e desdém, pois ele apresentava traços de excentricidade que geravam polêmica. Ele teria outros problemas com a igreja ao longo de sua vida, pois em inúmeras ocasiões foi acusado de satanismo. Mas os olhares tortos e as críticas de cristãos fervorosos não afetaram sua fé: “(...) não é muito surpreendente que eu tenha buscado o cristianismo. Meu pai era um pastor (...) me chamar de satânico é pisar no que eu realmente acredito (...) eu acredito em Deus”. (2013, p. 255-256).

Na verdade, seu comportamento sempre foi controverso e passível de críticas: houve uma ocasião, por exemplo, na qual durante um show da banda ele arremessou uma galinha no público, esperando que a ave fosse devolvida. Contudo, ela foi simplesmente destroçada. Após esse acontecimento, ele precisou se retratar com a Human Society toda vez que ia fazer um show. Houve outras encrencas. Mais tarde, uma turnê que Cooper faria na Austrália para apresentar seu projeto solo foi cancelada porque o governo se preocupou com o impacto que sua imagem decadente poderia ter na juventude do país. Na ocasião, o ministro que freou Cooper declarou: “Eu não vou permitir que um degenerado, com uma forte influência sobre a juventude e os de mente fraca entrarem no país (...)”.


Ele teve fãs ilustres, como é o caso de Johnny Rotten e tantos outros. Para ser ter uma ideia, “Elected” foi uma das faixas preferidas de Lennon, e o vocalista dos Beatles disse que chegou a escutá-la umas cem vezes...


SAI FARNER, ENTRA COOPER...


O nome “Alice Cooper” envolve especulações bizarras: segundo alguns, proveio de uma brincadeira com tabuleiro ouija feito na casa do empresário das turnês, chamado Dick Philips. Supostamente, um espírito entrou em contato e se identificou com esse nome. A entidade disse que havia se suicidado com veneno após ser acusada de bruxaria e ter sido perseguida por autoridades. Essa é apenas uma das narrativas sobre o nome que foi usado tanto por Vince, quando para a banda. Aliás, ele usou esse nome em seus dois projetos musicais, sendo que o primeiro era propriamente a banda “Alice Cooper”, e o segundo, uma espécie de carreira solo em que era usado esse mesmo nome.

Aliás, foi justamente durante o período de sua carreira solo que Cooper entrou na sua fase de declínio, tanto no que diz respeito à sua vida pessoal quanto em relação aos seus feitos artísticos. Ele se tornou um alcoólatra e precisou ser internado num hospital psiquiátrico. Ficou numa ala destinada a viciados e pessoas com problemas mentais graves. Mas tudo valeu a pena, e o tratamento teve um efeito benéfico em seu organismo. Cooper até optou por ficar lá durante mais tempo do que era necessário, pois encontrava inspiração para letras na convivência com os pacientes mentalmente insanos. E, claro, aos poucos, a fase decante foi ficando para trás para dar espaço a um novo período de criatividade. Ele se reergueu.

DALÍ TRANSFORMA COOPER NUM HOLOGRAMA:

Um dos encontros culturais mais célebres de todos os tempos merece ser lembrado aqui. Até porque Alice Cooper já admitiu que esse episódio foi um dos melhores momentos de toda a sua vida. Essa história, definitivamente, não poderia ficar fora do nosso texto!

Dalí e Cooper se conheceram em 1973, na cidade de Nova Iorque. Nessa época, o pintor tinha 69 anos e o músico tinha 25. Após esse primeiro encontro, passaram duas semanas bebendo, comendo e conversando. Foi uma ocasião extremamente significativa para o jovem Alice Cooper, já que desde a infância, tanto ele quanto o baixista Dennis Dunaway eram fãs do artista espanhol: “Antes de os Beatles aparecerem, ele era a única coisa que tínhamos. Olhávamos suas pinturas e conversávamos sobre elas por horas. Suas pinturas também tinham muito humor. Então, quando formamos nossa própria banda, foi natural que pegássemos algumas dessas imagens - como a muleta - e as usássemos em nossas apresentações”. Cooper ainda disse que foi como encontrar os Beatles ou Elvis.


Segundo Alice Cooper, Dalí era uma figura brilhante, bizarra, caricata, e tudo que fazia era performático.

Cooper também encantou o mestre do surrealismo, que decidiu transformar o astro do Rock num holograma, “First Cylindric Chromo-Hologram Portrait of Alice Cooper`s Brain”. Esse seria o primeiro holograma vivo do mundo.

Dalí e Cooper: um encontro memorável.
 

Na ocasião, Dalí também criou “The Alice Brain”, uma escultura feita com bombas de chocolate, formigas, diamantes e tecnologia holográfica antiga. Segundo Alice Cooper, que obviamente gostou da ideia, Dalí era uma figura brilhante, bizarra, caricata, e tudo que fazia era performático. O vocalista relatou: “Sua genialidade era que você nunca sabia quando ele estava sendo engraçado e quando não estava”.

Essas aventuras do king Cooper, sua originalidade e sua carreira brilhante fascinam. São coisas que estão além do tempo e do espaço. Ele teve fãs ilustres, como é o caso de Johnny Rotten e tantos outros. Para ser ter uma ideia, “Elected” foi uma das faixas preferidas de Lennon, e o vocalista dos Beatles disse que chegou a escutá-la umas cem vezes...

Referências:

THOMPSON, Dave. Alice Cooper: Bem-vindo ao meu pesadelo. São Paulo: Editora Madras, 2013.

https://www.openculture.com/2020/08/when-salvador-dali-met-alice-cooper-turned-him-into-a-hologram.html

https://www.anothermanmag.com/life-culture/10269/alice-cooper-remembers-his-encounter-with-salvador-dali

https://www.google.com.br/amp/s/arteref.com/gente-de-arte/30-fatos-curiosos-sobre-salvador-dali/amp/

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

KICK OUT THE JAMS: EM FEVEREIRO DE 1969, O MC5 REVOLUCIONAVA O ROCK

 Por: Juan Youth

O MC5 é uma daquelas bandas que possuem mais compilações do que propriamente álbuns de estúdio. Independentemente desse traço que marca suas produções discográficas, o MC5 foi absolutamente revolucionário em vários aspectos.

Partamos do ponto em que eles resolveram lançar o álbum de estreia ao vivo, diferente da maior parte das bandas que lança álbuns live somente depois de terem criado três ou quatro álbuns de estúdio, quando já estão dentro das paradas de sucesso. O negócio é que eles não sabiam muito bem como tocar dentro de um estúdio e suas performances ao vivo eram sensacionais e explosivas, o que, pelo visto, funcionou.

Outro ponto importante são seus posicionamentos políticos de esquerda e o polêmico fato de que a banda era explicitamente defensora do "sexo e drogas" desenfreados, em uma época em que a população americana não dava muito espaço para esse tipo de coisa (talvez isso não tenha mudado).
Mesmo diante de um cenário em que tais assuntos eram tratados como tabus, eles foram provocativos e usaram o ousado título "Kick Out The Jams, Motherfuckers" (que pode ser traduzido como “botem tudo pra quebrar, seus filhos da puta”) como faixa título do disco. 

Mas afinal, que tipo de som os Motor City Five tocavam? Podemos dizer que era uma mistura de blues, R&B, free jazz psicodélico misturado com muitas distorções e um vocal explosivo e inovador. Se mesmo lendo isso tudo você não se impressionou, saiba que eles estavam fazendo tudo isso na cidade de Detroit, em 1965, sendo que nesse contexto, poucos grupos eram tão autênticos. O MC5, assim, participou da história do começo do Punk Rock, sendo, por isso, muitas vezes intitulada como uma banda de protopunk.


O MC5 é uma das bandas mais bem-sucedidas de Detroit.


sexta-feira, 6 de agosto de 2021

“ID, EGO, SUPEREGO E OUTRAS PORCARIAS”: EM NOVO PROJETO MUSICAL DENNIS SINNED RETRATA AS RELAÇÕES HUMANAS NA MODERNIDADE

 Por: Juliana Vannucchi

Nessa sexta-feira, Dennis Sinned, conhecido nome da cena underground brasileira, lançou pelo selo Paranoia Musique, “Id, Ego, Superego e Outras Porcarias”, o primeiro álbum de seu novo projeto solo, intitulado Dennis e o Cão da Meia-noite. Para dar vida ao novo repertório da produção mais ambiciosa de sua carreira, o músico contou com o apoio do talentoso baterista Alexandre Fon, que também toca na banda “Noise Under Control” e ajuda na elaboração da parte rítmica, além de fazer a segunda voz em algumas músicas.

 

No início da pandemia, comprei uma câmera Nikon (...) Gosto de fazer caminhadas, às vezes caminho por horas e em horários não muito convencionais. Nessas ocasiões, costumo levar a câmera e filmar o cotidiano urbano (...)"

“Id, Ego, Superego e Outras Porcarias”, em suma, tem como temática as relações humanas na modernidade. Nas letras emocionais e impactantes, Dennis, o “Rimbaud brasileiro”, dispara lampejos poéticos e reflexivos nos quais encontramos lamentos e refutações sobre um mundo cada vez mais sórdido, vazio e raso. São diagnósticos precisos sobre os traços que marcam o tempo em que vivemos. Em relação ao processo de composição lírica, o músico relatou: “No início de 2020, eu comecei a fazer as primeiras músicas e tive a ideia do nome e dos conceitos que eu queria trabalhar. Eu tenho uma ligação afetiva e quase “espiritual” com cachorros e desejava que meu trabalho solo tivesse algo ligado a eles, não queria usar somente o meu nome. O Dennis sou eu como me mostro para o mundo, o “Cão da meia-noite” é o eu lírico, o id da tríade freudiana. Entrei nesse universo psicológico porque as músicas do projeto tratam das relações humanas na modernidade. Gravamos a primeira música em março, a faixa “Não jogue lixo”, e dias depois começaram as restrições da pandemia e toda essa confusão, o que obviamente interferiu no universo lírico das composições que viriam. Enfim, depois de mais de um ano de composições e gravações, lançaremos o Álbum com 13 faixas”.


As composições do álbum apresentam um refinamento musical elogiável e criam uma aura que mistura The Damned e The Jesus and Mary Chain.

Uma característica que diferencia esse projeto dos outros nos quais Dennis trabalhou é a união entre poesia, música e vídeo, linguagens que se encontram com maestria no seu projeto. A esse respeito, o músico contou: “No início da pandemia, comprei uma câmera Nikon, nada muito avançado, uma câmera semiprofissional. Gosto de fazer caminhadas, às vezes caminho por horas e em horários não muito convencionais. Nessas caminhadas costumo levar a câmera e filmar o cotidiano urbano. Dessas ocasiões também saem insights para letras e poesias, quando não saem músicas completas enquanto caminho”.

As composições do álbum apresentam um refinamento musical elogiável e criam uma aura que mistura The Damned e The Jesus and Mary Chain. Em termos gerais, Dennis, mais uma vez, esbanja originalidade e qualidade. Não importa o caminho que ele percorra, ele sempre se mostra um músico impecável. Parece um daqueles artistas urbanos do célebre período da No-wave norte-americana, mas, claro, tropicalizado. Sejamos francos: na verdade, podemos dizer com bastante segurança que Dennis, com suas poesias encantadoras e com as melodias lúgubres e únicas que imprime em suas canções, desbancaria parte dessa cena gringa e tomaria a coroa de muitos! Ele só não tiraria a coroa de Lydia Lunch... e nem seria preciso: Dennis e Lydia Lunch formariam um ótimo dueto!

 




domingo, 1 de agosto de 2021

CONVERSAMOS COM MARCO PIRRONI, O PRIMEIRO GUITARRISTA DA BANDA SIOUXSIE AND THE BANSHEES

Por: Juliana Vannucchi e Alejandro Gomez

 A carreira de Marco Pirroni é digna de elogios. O versátil guitarrista foi uma peça fundamental e marcante, tanto no universo do Punk Rock, quanto no contexto da cena Pós-punk. Para se ter uma noção de sua significância, basta pensar que ele fez parte do embrião da banda Siouxsie & The Basnhees, que sem ele, talvez nem ao menos existisse. Confira essa entrevista inédita do Fanzine Brasil e lembre de compartilhar o conteúdo e deixar comentários.

 

1. Marco, bem-vindo ao Fanzine Brasil. Inicialmente, gostaríamos de pedir para que você nos contasse um pouco sobre sua história. Quando e como você começou a tocar guitarra? Como foi o primeiro contato com esse instrumento?

Eu comecei a aprender sozinho, como autodidata, aos 13 anos de idade, depois que um primo me deu um violão que tinha cordas de nylon muito ruins. A partir disso, precisei ler livros de tutorais e demorei muito tempo para aprender melhor.

2. Quais foram suas influências na época em que você queria se afastar da disco music?

Não queria fugir da desse tipo de música, eu gostava de disco, mas não tinha muita guitarra nesse gênero musical. Amava tudo que era glam, tipo Roxy Music / Bowie / Sparks / Sweet / Slade / John Barry / Morricone / Temas de TV e filmes.

3. Você já veio ao Brasil?

Não, já fui para o Chile.

4. Conhece algum músico ou banda brasileiros?

Não conheço nenhum, mas sei que existem bandas de metal interessantes.

5. Você se lembra do(s) primeiro(s) autógrafo(s) que deu a um fã?

Não me recordo, mas provavelmente foi quando eu estava saindo ou entrando de um show na primeira turnê que fiz com o Ants.


A primeira aparição de Pirroni no palco foi com Siouxsie And The Banshees em seu show de estreia, no Festival 100 Club Punk de 1976.

6. Qual foi o primeiro modelo de guitarra que você teve? Aliás, parece que você tem uma coleção incrível de guitarras! O que você mais procura na hora de escolher seu equipamento? Existe, por exemplo, uma determinada marca de amplificadores que você prefere? E qual é a o seu modelo favorito hoje em dia?

O primeiro modelo que tive foi um violão barato muito difícil de tocar. Eu realmente prefiro equipamentos vintage dos anos 50 e 60, não sou muito chegado em novos equipamentos que soam estéreis, pois gosto dos zumbidos e idiossincrasias de equipamentos usados. O meu modelo favorito é a Gibson Les Paul TV, ou Junior, ou Special e a maioria das coisas do tipo de um captador P90.

7. Como foi o primeiro contato que você teve com Siouxsie e Severin?

Conheci os dois num show gratuito do Queen, realizado no Hyde Park no ano de 1976.

8. Quando você começou a perceber que seguiria uma carreira na música?

Essa é uma pergunta bem  difícil, mas suponho que foi eu quando comecei a receber por isso em 1980. Antes disso, eu não ganhava nem sequer um centavo, exceto uma vez por mil dólares com o Cowboys International.

Marco Pirroni e Adam Ant.

9. O rótulo de punk era a única maneira pela qual a mídia convencional poderia categorizar a mensagem de adolescentes criativos da época. Podemos dizer que uma nova música foi construída quando o mundo queria que esses adolescentes ficassem silenciados e estagnados. A essência do punk foi criada assim. Você ainda vê esse espírito algum lugar da música de nossos tempos, levando em conta tanto o mainstream, quanto underground?

O espírito punk está em toda parte, você pode ver isso em artistas como Billy Eilish. As pessoas podem fazer discos em casa como nunca antes pudemos e a atitude antiestablishment está em toda parte nas artes!

10. Cite músicos dos quais você é fã e que o mundo inteiro deve conhecer!

St Vincent/ Idles/ Unknown Hinson / Hank William 3rd/ Wayne Hancock/ The Black Belles e vários outros que eu provavelmente só vou lembrar depois...

 

INTERVIEW WITH MARCO PIRRONI

By: Juliana Vannucchi and Alejandro Gomez

Marco, first of all, we would like to say that we greatly admire your career, you are a versatile and talented guitarist. Welcome to Fanzine Brasil!


1. Can you tell us a little about your story? When and how did you start playing guitar?

Self-taught guitar at age 13 after my cousin gave me a very bad nylon strung acoustic . Had to read tutor books took a long time.

2. Who were your influences at the time when you wanted to get away from the disco music?


Didn’t want to get away from disco, I liked Disco but not much guitar on those records. I loved all thinks glam: Roxy Music/ Bowie/ Sparks/ Sweet/ Slade/ John Barry/ Morricone/ TV and film themes.

3. Have you ever been to Brazil?

I’m afraid I haven’t, I’ve been to Chile.
 
4. Do you listen to any Brazilian musicians or bands?

I’m afraid I don’t know any, I’m told there are interesting metal bands.

5. You remember the first autograph(s) you’ve ever given to a fan?

No, it was probably leaving or entering a gig on the first Ants tour I did.

6. What was the first guitar model you had? It seems you have an amazing guitar collection! What do you look for when choosing your gear; is there a brand of amps you prefer? And what’s your favorite model nowadays?

It was a cheap acoustic very hard to play,I really prefer vintage gear from 50s and 60s, I dont get on with new equipment sounds serile to me, I like the buzzes and idiosycracies of worn in gear. My favorite model is the Gibson Les Paul, TV, or Junior, or Special and most things with P90 pickup.

7. How was the first contact you ever had with Siouxsie and Severin?

Met them at a free Queen gig in Hyde Park, in 1976.

8. When did you begin to realize there is a career in music?
 
That’s a hard question I suppose it was when I started getting paid for it in 1980. Before that I hadn’t made a penny except about a grand from Cowboys International.

9. The label of punk was the only way mainstream media could categorize the adolescent message of creativity of that time. A new sound of music was built when the world wanted them to be silent and still. The essence of punk was created. Do you still see that spirit anywhere in today’s music? Either mainstream or underground?

The spirt of punk is everywhere, you can see it in artists like Billy Eilish, people can make records at home which we never could and the antiestablishment attitude is everywhere in the arts anyway.

10. Are there any musicians you are a fan of that the world should know about?


St. Vincent/ Idles/ Unknown Hinson/ Hank William 3rd/ Wayne Hancock/ The Black Belles and many others I'll probably remember later. 

 

Pirroni has worked with Adam Ant, Sinéad O'Connor, Siouxsie and the Banshees and many others from the late 1970s to the present day.

TwitterFacebookRSS FeedEmail