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SEX PISTOLS - UM FENÔMENO SOCIAL

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WOLF CITY - AMON DUUL II

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sábado, 9 de outubro de 2021

DEATH: A LENDA PERDIDA

 Por: Camilo Nascimento

Death é uma banda de rock dos anos 70 que sempre esteve muito à frente de seu tempo. Seu período de atividade foi brevíssimo, mas ainda assim, deixaram para trás um álbum esquecido, recheado de músicas que abusam de guitarras e arranjos maravilhosos, o que faz do Death uma das mais incríveis lendas do rock que, definitivamente, merece ser escutada.

A influência sonora do Death foi importantíssima para a consolidação do punk rock

A banda iniciou sua trajetória em 1971, sendo composta pelos irmãos Hackney, que eram negros, algo incomum para as bandas de rock da época. Eles sumiram de cena após não conseguirem fechar contrato com a sua gravadora, a Columbia, e por muito tempo falou-se que isso se deu pelo fato de os músicos serem negros. No entanto, a história atual, que veio à tona com o lançamento do álbum intitulado "For The Whole World To See", menciona que o contrato com a gravadora não aconteceu por causa do nome da banda, Death (Morte). A Columbia considerou que esse nome era forte demais, porém os integrantes do Death se recusaram a trocá-lo. Não sabemos por que a banda não procurou outra gravadora em vez de simplesmente se retirar do cenário musical. De qualquer forma, sua influência sonora foi importantíssima para a consolidação do punk rock, sendo que para alguns o Death foi o primeiro grupo do gênero.

O único álbum dos anos 70 é composto por um total de 7 músicas, retiradas de singles da banda que ficaram esquecidos em algum porão. Algo curioso aconteceu muito tempo depois: em 2009, os filhos de Bobby Hackney – que era baixista e vocalista do Death -, encontraram as músicas da banda do pai na internet e, após essa descoberta, o nome do grupo veio à tona e novas gravações e lançamentos foram feitos.

sábado, 2 de outubro de 2021

“KICKING AGAINST THE PRICKS”: OS BASTIDORES DO HISTÓRICO ÁLBUM DE NICK CAVE

Por: Juan Youth e Juliana Vannucchi
 
O terceiro álbum da banda Nick Cave And The Bad Seeds foi lançado em 1986 e é composto inteiramente de versões cover. O time de músicos dessa produção é magnífico. O guitarrista é Blixa Bargeld, que está entre os mais célebres de toda a cena pós-punk. Mick Harvey participou ativamente do álbum, contribuindo com instrumentos diversos, como guitarra, piano e backing vocal. O baixista é o glorioso Barry Adamson, que se consagrou tocando no Magazine, e as baquetas, por sua vez, ficaram por conta de Thomas Wydler – convenhamos que essa escalação já garante a qualidade da obra.

As faixas bases foram gravadas no inverno de 85 na Austrália, terra natal de Nick Cave. Adamson e Wydler, contudo, só puderem ficar no país durante três dias, usando esse período para suas colaborações sonoras. Posteriormente, Blixa se encontou com Nick Cave, mas também não pôde se prolongar devido aos compromissos com o Neubauten e ficou na Austrália por somente dois dias. Dessa forma, algumas canções foram gravadas depois que Thomas, Barry e Blixa partiram e, então, Nick passou algum tempo no estúdio com Mick, além de outros músicos que gravaram algumas pontas, como é o caso, por exemplo, de Tracy Pew. 
 
Em entrevistas, Nick disse que a experiência de produção do álbum ajudou a banda a amadurecer, a experimentar diferentes elementos e a executar uma variedade de outros tipos de música.

 
Como nada do que Nick cria é feito a esmo, o título do álbum é referência a uma citação bíblica da versão do Rei James, mais precisamente do livro de Atos, 26, versículo 14, que diz: "Porquanto resistires ao aguilhão, só te causará sofrimento”. Aliás, vale citar que temas e referências religiosas são frequentemente encontrados não apenas no álbum em questão, mas em várias músicas da banda. Apesar de esse tema ser recorrente, Nick Cave já tinha declarado que, além de não acreditar em um Deus pessoal, não é cristão e tampouco religioso. Entretanto, em 2009, quando o álbum ganhou uma versão remasterizada, Cave garantiu que mantém a mente aberta para a possibilidade da existência de Deus.

Em entrevistas, Nick disse que a experiência de produção do álbum ajudou a banda a amadurecer, a experimentar diferentes elementos e a executar uma variedade de outros tipos de música. Quanto à escolha das canções, os integrantes fizeram uma lista e foram experimentando a sonoridade até alcançar algum resultado que agradasse aos integrantes. Algumas faixas foram escolhidas a caráter de homenagem, e outras Nick diz que "eram fantasmas que o assombravam desde a infância", ou seja, eram canções favoritas de toda uma vida.  Entre as versões apresentadas, temos canções de Tom Jones, Velvet Underground e Johnny Cash, e elas têm um estilo tão característico do Bad Seeds que podemos levar até mesmo algum tempo para reconhecer qual a canção original de cada uma dessas versões. Eis a magia de um ótimo álbum cover!

Nick Cave já chegou a declarar que o álbum também foi feito como uma resposta a jornalistas (referindo-se principalmente à imprensa musical britânica) que constantemente depredavam a imagem da banda e o atacavam, desqualificando suas produções.

Nos anos 90, Cave, satisfeito com a produção, comentou: "(...) para todos que querem nos colocar para baixo, fiz o álbum perfeito. E ao mesmo tempo é um disco que todos que apreciam nossa música podem desfrutar".

Referências:

https://www.bad-seed.org/~cave/interviews/86-09_oor.html

https://aquariumdrunkard.com/2009/05/27/nick-cavebad-seeds-kicking-against-the-pricks/

https://en.wikipedia.org/wiki/Kicking_Against_the_Pricks

https://www.nickcave.com/

 

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