Fanzine Brasil

SIOUXSIE SIOUX - SOPROS DE VIDA

Grandes homens, assim como grandes tempos são um material explosivo interior do qual uma força imensa é acumulada (....)

“DISCO DA BANANA”- A OBRA PRIMA IGNORADA

Eu sabia que a música que fazíamos não podia ser ignorada

SEX PISTOLS - UM FENÔMENO SOCIAL

Os Sex Pistols foram uma das bandas de Rock mais influentes da história.

ATÉ O FIM DO MUNDO

Com custos acima de mais dez milhões de dólares, é um filme encantador, artístico, típico das obras de Wim Wenders, realmente, é uma obra fascinante, mais uma certo do diretor alemão.

AFINAL, COMO SURGIU O CINEMA?

Um breve questionamento e historio sobre o assunto.

ATÉ O FIM DO MUNDO

Com custos acima de mais dez milhões de dólares, é um filme encantador, artístico, típico das obras de Wim Wenders, realmente, é uma obra fascinante, mais uma certo do diretor alemão.

WOLF CITY - AMON DUUL II

Wolf City é um dos maiores clássicos do Rock Progressivo. É um álbum que celebra magicamente este gênero musical, e que é foi gravado por artistas imensamente talentosos

segunda-feira, 18 de abril de 2022

THE QUEEN OF PUNK

 Por Juliana Vannucchi

Jordan Mooney foi uma das mulheres mais revolucionárias do punk rock. Durante a juventude, não se interessava pelos padrões femininos vigentes e na época em que frequentava a escola, se espantava com a quantidade de meninas cujo objetivo central e definitivo de vida era simplesmente casar e ter filhos. Ela almeja mais: buscava rupturas e queria autonomia e liberdade. Mais tarde, encontrou tudo isso na Sex, icônica loja gerida por Vivianne Wostwood e Malcom McLaren, na qual ela trabalhou como modelo, ajudando a criar e consolidar a moda punk. “Nunca quis me encaixar”, disse ela. “Quando eu saí da escola primária, eu sabia que ia fazer algo diferente com a minha vida”. Na época, Mooney chocou a população londrina com sua aparência tão peculiar e exuberante. Segundo a modelo inglesa, as pessoas sempre tinham algum tipo de reação quando a viam pelas ruas e muitas ficavam enfurecidas ou até mesmo amedrontadas com a jovem, cuja ousadia causou um rebuliço na classe conservadora.

Além do universo fashion, vale mencionar que Jordan se dedicou ao cinema e também à música. Fora do meio artístico, teve uma vida reclusa e destacou-se especialmente por seus trabalhos veterinários - sempre amou os animais e fez muito por eles. 

Mooney faleceu no início de abril, aos 66 anos. Sejamos claros e sucintos aqui: devemos muito a ela. Há quem diga, afinal, que foi ela que inventou o punk rock!

Jordan Mooney: uma figura decisiva para a consolidação do punk rock



sábado, 16 de abril de 2022

10 PERGUNTAS PARA O BAIXISTA DO THE MISSION

 Por Juliana Vannucchi

Os fãs brasileiros estão ansiosos pelo retorno do The Mission ao Brasil . E é recíproco: Craig Adams nos contou que os membros da banda também estão! Confira esse papo incrível que tivemos com um dos maiores nomes da história do Post-punk e veja o que podemos esperar das apresentações do The Mission.

1. Craig, seja bem-vindo ao Fanzine Brasil. Está ansioso para vir ao país este ano? Quando foi a última vez em que você esteve aqui? Aliás, eu escutei uma história de que você levou um choque... isso é sério? 

Olá!

Sempre amei tocar no Brasil, é sempre empolgante pra mim. Nunca sabemos o que vai acontecer... como foi o caso daquela vez em que levei um choque quando estava no Rio de Janeiro. Meu baixo encostou numa barreira que havia ali, e o choque me jogou para o outro lado do palco. Desde então, passei a usar um sistema no meu baixo... sem fios com esse material elétrico neles.

2. Você gosta de música brasileira? Conhece bandas ou músicos daqui?

Preciso dizer que infelizmente não estou por dentro da cena musical brasileira. Eu moro nos Estados Unidos, e a rádio aqui é uma porcaria. Além disso, pelo fato de não ter saído durante cerca de dois anos ou até mais, não estou descobrindo muitas músicas novas ultimamente. Eu ouço a BBC, mas como o que toca é de língua inglesa e nunca toca música em nenhum outro idioma, é difícil de encontrar alguma outra coisa.

3. Craig, como você aprendeu a tocar baixo? Por acaso alguém da sua família é músico?

Originalmente sou pianista e desde os seis anos treinava num nível bastante alto.  Também estudei violoncelo [Que tem quatro cordas!! Talvez tenha começado nesse ponto?]. Toquei teclado em algumas das minhas primeiras bandas e até fiz algumas gravações com esse instrumento. Porém, foram o punk rock e heavy metal que realmente me fizeram tocar baixo. Eu adorava Motorhead, Hawkwind e especialmente o Lemmy e seu estilo de tocar. Eu acho que vi o Motorhead umas trinta vezes e, numa ocasião, me encarreguei de tomar conta da banda quando eles vieram fazer uma sessão de autógrafos na Virgin Records, uma loja em Leeds na qual trabalhei quando tinha dezesseis anos.

Meu pai cantava blues em pubs e clubs de Leed nos anos cinquenta e sessenta, até que eu nasci e minha mãe deu um basta nisso! Hahaha.

4. Tem algum álbum da discografia do The Mission que seja o seu favorito? E por acaso tem algum do qual você não gosta?

Não há nenhum em particular que seja o meu favorito ou que eu goste menos. Há dias em que eu que gosto de um determinado álbum, há dias em que não gosto. Alguns realmente não costumo ouvir, a não ser que adicionemos uma música deles para tocar ao vivo.

5. Como você descreve o “God's Own Medicine”?  Algumas pessoas costumam dizer que é um álbum “gótico”. Você concorda? O que essa palavra significa para você?

Foi nosso primeiro álbum. Ele foi e ainda é muito importante para nós. Acho que cabe a outras pessoas descrevê-lo, nós apenas fomos lá e fizemos de forma natural o que achávamos bom. A cena gótica é ótima, embora eu não ache que realmente tentamos ser algo para uma determinada cena. Usávamos preto e isso parecia legal, sem contar que não precisávamos lavar tanto essas roupas escuras porque não dava para ver a sujeira... hahaha. 

 

"Nos primeiros dias do The Sisters Of Mercy havia muito caos".

6.  Qual foi a coisa mais chocante que já aconteceu num tour do The Mission? Pode contar algo que aconteceu, por exemplo, num hotel, no palco ou em qualquer contexto.

Bom, isso seria revelador!!! Já se falou bastante de ‘incidentes’ de imprensa/mídia para manter a maioria das pessoas feliz, mas fico satisfeito por saber que alguns dos 'segredos incidentes nunca serão revelados!!!

7. Qual foi o show mais memorável que você já fez com o The Sisters Of Mercy? E qual é a melhor recordação dos tempos que você passou com o grupo?

Acho que tenho que dizer que foi o último no Royal Albert Hall, em Londres, mas nós fizemos muitos shows ótimos em pouco tempo. Na época era tudo novo e muito empolgante. Nos primeiros dias de banda havia muito caos e alguns desastres malucos, mas nós melhoramos, e então tudo simplesmente explodiu!

8. Quando o The Sisters Of Mercy estava gravando o clássico First And Last And Always, você imaginava que o álbum seria tão aclamado?


Na verdade, não. Nós gravamos a maior parte do álbum num estúdio localizado em Stockport, perto de Manchester. Fiquei hospedado num hotel simples do tipo bed and breakfast, pois não tinha dinheiro e, como sempre, tudo foi um pouco caótico. Sabíamos que o álbum era bom, mas ele não recebeu críticas muito favoráveis na época. Vejo esse álbum como uma espécie de gravador lento que as pessoas, aos poucos, começaram a gostar, e agora ele é o que é.

9. Os fãs brasileiros estão muito ansiosos com a vinda da banda. O que podemos esperar dos shows do The Mission este ano?

Bom, estamos com o nosso novo baterista, o Alex, dos EUA. Ele estava tocando em uma banda de abertura, chamada Feather Trade, quando eu estava tocando na minha outra banda, a Spear Of Destiny, faz alguns anos. Dessa forma, há um frescor na banda que talvez estivesse faltando nos últimos tempos... Tem sangue novo!! Mas estamos todos muito animados para sair pelo mundo novamente [como é todo mundo].

10. Se você tivesse uma máquina do tempo e pudesse viajar para o passado, que momento da sua vida você gostaria de reviver? Você alteraria algo em seu passado?

Eu realmente deveria ter mantido meu treinamento formal de piano, já que agora isso faz falta, embora eu fosse adolescente e odiasse isso. Eu ainda consigo tocar um pouco, mas como não pratico, acaba surgindo um atraso na hora de fazer a leitura e reproduzir algo.
Fora isso, tudo foi muito bom.


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