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terça-feira, 6 de julho de 2021

PAPIER TIGRE: A VANGUARDA ESQUECIDA DO ROCK FRANCÊS

 Por: Camilo Nascimento

Papier Tigre é uma banda de rock francesa que, em 2007, colocou a França no cenário do rock alternativo mundial. A banda não utiliza baixo em suas composições e faz um som com bastante identidade e atitude, bem difícil de passar despercebido.

Formada por Eric Pasquereau (guitarra/vocais), Arthur de la Grandiere (guitarra) e Pierre Antoine Parois (bateria), o grupo apresenta uma mistura de noise, com influências perceptíveis de Sonic Youth e do punk rock.

Papier tigre foi considerada um dos expoentes do novo rock francês, que não tem lá muita tradição, e o trio consegue realizar um som melodioso, com vocais gritados, harmonia criativa e ao mesmo tempo soar contemporâneo, sonoridade que resulta no feito importante de conseguir colocar a França como referência no cenário mais alternativo do rock.

É um estilo de música visceral

Não é um som aconselhável para quem gosta de músicas redondinhas ou tem o ouvido sensível. Num primeiro momento o som parece incomodar, mas em seguida ele surpreende e começa a fazer sentido. Um trabalho não convencional que vale a pena ser escutado. Nesse âmbito, a criatividade é a grande marca da banda, cujas músicas possuem uma identidade única, tanto em melodia quanto em letra. É um estilo de música visceral, mesmo em suas versões acústicas.

A banda francesa possui um total de quatro álbuns:  Papier Tigre (2007), The Beginning And End Of Now (2008), Recreation (2012) e The Screw (2016). Não existe informação além desses álbuns nos canais oficiais, e a última informação de agenda de shows está parada em 2018. Não temos muita informação da banda, porém existem alguns vídeos pela internet e nos streamings de áudio.

Eles passaram pelo Brasil em 2008, tocando em festivais como Porão do Rock (DF) e Calango (MT).

A Papier Tigre é uma banda charmosa em seu som, mérito dos franceses, e apesar de a maioria das músicas serem em língua inglesa, eles definitivamente representam um recorte da cena da França desse período. Um grupo para guardar na cabeceira da cama, como aquele pecado escondido.


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