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quarta-feira, 19 de julho de 2017

WOLF CITY - AMON DÜÜL II:

Por: Vannucchi

O Amon Düül II é uma das mais prestigiadas bandas de Rock da Alemanha. Provindos do cenário underground local, destacaram-se pelo criativo psicodelismo de suas músicas. O primeiro álbum, chamado Phallus Dei foi lançado em 1969, e sua singularidade sonora era um anúncio da qualificação de uma banda que se estabeleceria como um dos maiores ícones do Krautrock alemão.

O Wolf City, quinto álbum de estúdio, foi lançado em julho de 1972. Possuí sete faixas e é relativamente curto, com um total de pouco mais de 30 minutos de música. As faixas são mais curtas em relação aos álbuns anteriores, fato que os ajudou o Amon Düül II a conquistar maior visibilidade na mídia, fato este, que tornou a banda mais comercial. A complexidade de sua construção merece ressalvas: mais dez músicos participaram da gravação (contanto com os integrantes fixos da banda) e, assim, uma grande diversificação de instrumentos moldam a sonoridade do álbum. Há ruídos de saxofone, sintetezador, clavioline, órgão, tambura e outros instrumentos excêntricos que garantem uma atmosfera experimental e delirante.  
O Wolf City é um dos maiores clássicos do Rock Progressivo. É um álbum que celebra magicamente este gênero musical, e que é foi gravado por artistas imensamente talentosos.

O álbum, de início ao fim, é marcado por um vocal que varia entre vozes masculinas e femininas e que é incrivelmente dividido entre seis músicos. A faixa de abertura é a poderosa Surrended By Stars, que se tornou uma das mais populares de toda a carreira da banda. Esta música é brilhante, impactante e foi a primeira maluquice musical que conheci do Amon Düül II, e que para mim, tornou-se um verdadeiro cartão de visita as, instigando-me a explorá-los com maior profundamente. A segunda faixa também merece menção, pois é carregada de combinações formuladas por instrumentos diversos e possuí um aspecto alucinante, tipicamente característico do Rock Progressivo. Há ainda a intensa Jail-House-Forg, caracterizada por curiosas oscilações melódicas e rítmicas, e que incrivelmente, devido à tais alternâncias, não parece sequer ser apenas uma música, e a impressão que fica é que mais de uma faixa rodando. Por fim, a potente Sleepwalker's Timeless Bridge, fecha o álbum com chave de ouro, oferecendo certa delicadeza e esbarrando em uma espécie de Folk com um vigoroso toque de guitarra. 

Wolf City é um dos maiores clássicos do Rock Progressivo. É um álbum que celebra magicamente este gênero musical, e que é foi gravado por artistas imensamente talentosos. Possivelmente, ao lado do Yeti (de 1970), é um dos melhores trabalhos mais geniais da fabulosa e respeitável carreira do Amon Düül II, e uma das maiores pérolas da história do Rock And Roll. Boa viagem.

* Texto anteriormente publicado no site Whiplash.   

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