Por: Juan Youth
O MC5 é uma daquelas bandas que possuem mais compilações do que propriamente álbuns de estúdio. Independentemente desse traço que marca suas produções discográficas, o MC5 foi absolutamente revolucionário em vários aspectos.
Partamos do ponto em que eles resolveram lançar o álbum de estreia ao vivo, diferente da maior parte das bandas que lança álbuns live somente depois de terem criado três ou quatro álbuns de estúdio, quando já estão dentro das paradas de sucesso. O negócio é que eles não sabiam muito bem como tocar dentro de um estúdio e suas performances ao vivo eram sensacionais e explosivas, o que, pelo visto, funcionou.
Outro ponto importante são seus posicionamentos políticos de esquerda e o polêmico fato de que a banda era explicitamente defensora do "sexo e drogas" desenfreados, em uma época em que a população americana não dava muito espaço para esse tipo de coisa (talvez isso não tenha mudado).
Mesmo diante de um cenário em que tais assuntos eram tratados como tabus, eles foram provocativos e usaram o ousado título "Kick Out The Jams, Motherfuckers" (que pode ser traduzido como “botem tudo pra quebrar, seus filhos da puta”) como faixa título do disco.
Mas afinal, que tipo de som os Motor City Five tocavam? Podemos dizer que era uma mistura de blues, R&B, free jazz psicodélico misturado com muitas distorções e um vocal explosivo e inovador. Se mesmo lendo isso tudo você não se impressionou, saiba que eles estavam fazendo tudo isso na cidade de Detroit, em 1965, sendo que nesse contexto, poucos grupos eram tão autênticos. O MC5, assim, participou da história do começo do Punk Rock, sendo, por isso, muitas vezes intitulada como uma banda de protopunk.
O MC5 é uma das bandas mais bem-sucedidas de Detroit. |
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