Fanzine Brasil

segunda-feira, 8 de março de 2021

GIRL POWER: O QUE PODEMOS APRENDER COM AS MULHERES MAIS LENDÁRIAS DO ROCK AND ROLL?

 Criação, organização e introdução: 

Juliana Vannucchi

Colaboradores convidados: 

Mau Carlakoski 

(vocalista e guitarrista da banda She is Dead)

Karlos Júnior

(músico e criador do projeto Quântico Romance)

 Ulisses 

(aka Ulixo, criador do Zine DF Caos)

Rosa Martins 

(leitora do site e amiga)

 Thiago Halleck  

(baixista da banda Gangue Morcego, da 1983 e criador do projeto HallecӃ)

 
O que podemos aprender com as mulheres mais lendárias do rock and roll? Essa é uma pergunta  instigante que possibilita incontáveis respostas e caminhos reflexivos. Contudo, de maneira geral, através da nossa lista, vemos que essas poderosas mulheres nos ensinam a nos tornarmos pessoas mais seguras, mas fortalecidas, corajosas e mais preparadas para sermos aquilo que queremos ser e para termos voz ativa na sociedade. Essas personalidades ilustres cravaram seus nomes na história do rock e deixaram uma herança cultural valiosa, que nos incentiva a não depender de terceiros, a tentar, a criar, a ousar e a arriscar, sem que nos preocupemos  tanto com o resultado, mas para que fiquemos focados especialmente no processo criativo.  Estimulam-nos a fazer a nossa própria roupa, revista ou música do jeito que quisermos e, se não der certo, não tem problema. Ensinam-nos a concretizar nossas ideias, sejam lá quais forem. São mulheres que brindaram a autenticidade e que correram riscos e desafiaram normas para conquistar seu espaço no mundo.

Viv Albertine (por: Juliana Vannucchi)

A líder do The Slits é um verdadeiro ícone cultural dos nossos tempos. Além da sua contribuição no meio musical, ela já foi ativa no campo cinematográfico e televisivo, além de ter tido bastante reconhecimento como escritora.

Por meio de suas desconstruções estilísticas e experimentos sonoros, a banda The Slits foi um verdadeiro símbolo de expansão e liberdade feminina na música. A impactante capa do Cut, álbum mais expressivo e conceituado da trajetória do grupo, com as três integrantes despidas da cintura para cima, se tornou icônica. A esse respeito, Albertine declarou certa vez ao The Guardian: “Queríamos uma postura guerreira, queríamos ser uma tribo (...) Sabíamos, como não estávamos vestidas, que tínhamos que parecer confrontadoras e duronas. Não queríamos ser convidativas ao olhar masculino”. De fato, a nudez presente na imagem do álbum não possui apelo sexual, e pode-se dizer que tem um viés essencialmente artístico, simbolizando a força e a emancipação femininas. Numa entrevista que deu em 2014, comentou que a sociedade da época em que sua banda foi formada era muito patriarcal e, por isso, a The Slits chocou muitas pessoas e  rompeu com vários padrões estabelecidos naquele contexto, pois segundo ela, não havia questionamento a nenhum homem nesse período, apenas aceitava-se o que eles diziam e faziam. Viv acredita que a música punk era uma verdadeira rebelião. Esses elementos que compunham a atmosfera social e política do surgimento da banda certamente justificam as razões pelas quais suas letras sempre foram repletas de críticas aos costumes estabelecidos e às imposições feitas pela sociedade. 

Viv Albertine

Siouxsie Sioux (por: Juliana Vannucchi)

A provocante Siouxsie Sioux é uma das mulheres mais transgressoras e rebeldes de todos os tempos. Sempre buscou combater paradigmas para poder firmar sua singularidade e se libertar de qualquer amarra que lhe fosse imposta. Isso fez de Siouxsie uma das mulheres mais corajosas e originais de todos os tempos. Numa entrevista concedida durante o período de seu único álbum solo, o Mantaray, ao comentar sobre os primórdios do punk rock e sobre as lições aprendidas no decorrer dessa época, aconselhou o público presente: "Faça o que você quer fazer e fodam-se os outros". Na mesma ocasião, com convicção, afirmou que o punk "permanece vivo em nossos espíritos e também em nossas atitudes". Sioux, certa vez, também aconselhou que sempre busquemos alicerçar nossas vidas naquilo que corresponde a nossa autêntica subjetividade, dizendo que cada um tem sua própria jornada, e essa jornada, por ser individual não pertence a mais ninguém. Não é à toa que podemos considerá-la um verdadeiro modelo de autoafirmação.

Siouxsie Sioux  

Elisabeth Fraser (por: Rosa Martins)

Elizabeth Fraser é mais que uma poetisa e cantora. A doce e tímida punk, que na adolescência ouvia Siouxsie, The Birthday Party e Sex Pistols, colocou à frente a sua voz poderosa e arrebatadora, sua exposição doce e ocasionalmente profana com inflexão punk, tão inspiradora que transforma uma canção numa experiência de vida para toda vida. Obrigada, Elizabeth Fraser.

Elisabeth Fraser

Jessie Evans (por: Juliana Vannucchi)

Jessie Evans é uma das artistas mais versáteis, brilhantes e diferenciadas de nossos tempos. Ao longo de sua carreira, já se apresentou em alguns dos palcos mais célebres de todo o continente europeu, além de ter feito colaborações com músicos como Budgie, Lydia Lunch e Tobby Dammit. Suas canções já migraram por estilos bem diversos, indo de uma atmosfera mais sombria até vibrantes ritmos afro. Independe do que faz, ela sempre nos leva magicamente para qualquer dimensão! E o que impressiona é sua capacidade de manter um excelente padrão de qualidade em todos os seus álbuns e em todos os gêneros pelos quais percorre.

Além de seu extraordinário talento musical, Jessie é uma mulher determinada e esforçada em sua vida pessoal. Atualmente, e para nosso orgulho, a cantora vive no litoral do Brasil e continua ativa e dinâmica em suas produções.

Jessie Evans

Kim Gordon (por: Thiago Halleck)

Eu gostava de uma música ou duas, mas me lembro de ter realmente conhecido Sonic Youth em 2005, quando a banda tocou no Rio de Janeiro com o Nine Inch Nails e o Stooges, e aquela experiência mudou a minha vida. Eu fiquei com um olho grudado no Ranaldo e o outro na Kim o tempo inteiro. Para mim, foi muito importante na compreensão de que barulho, desafinação e demais esquisitices podem ser elementos valorosos dentro de uma música, se usados com sabedoria. Aí, eu comecei a devorar a banda e vi que as minhas preferidas eram, quase todas, as que ela cantava: Shadow Of A Doubt, Cross The Breeze, Massage The History, Kool Thing e várias outras estão aí para provar. Isso sem falar que ela não se resume ao Sonic Youth: Kim brilha em todas as bandas e projetos musicais por onde ela passa, brilha como produtora (o primeiro álbum do Hole que o diga), brilha como artista visual, brilha como atriz. David Grohl, uma vez, disse que Kim Gordon era um farol de luz em uma cena punk predominantemente masculina, e ele não poderia estar mais correto. Kim é luz, é raio, estrela e luar, é manhã de Sol, meu iaiá, meu ioiô!

Kim Gordon

Patricia Morrion (por: Thiago Halleck)

Patricia Morrison é simplesmente fantástica, e é realmente uma pena que ela tenha se aposentado tão cedo. A figura poderosa, o visual emblemático e as linhas de baixo proeminentes e cheias de identidade tornam simplesmente impossível pensar em Sisters Of Mercy sem que a imagem dela imediatamente venha à cabeça - muitas vezes, antes mesmo do próprio Eldritch. Deixou uma marca forte no Damned, mesmo só tendo gravado um álbum com eles (provavelmente, o meu preferido). E o álbum solo, de 1994, é espetacular, mesmo que pouco comentado. Não penso duas vezes antes de apontá-la como uma das principais referências dentro do panteão feminino das cenas punk e gótica, junto com Siouxsie, Poly Styrene, Anja Huwe etc.

Patricia Morrion

                                                      Poison Ivy (por: Mau Carlakoski)

Poison Ivy lidera o rock selvagem no meu coração com seus riffs e sua postura sem igual. Ela é puro rock and roll! Seu jeito de tocar, seus trajes, seu olhar... tudo nela é absolutamente brilhante e fascinante. Ela foi o par perfeito para Lux, eles eram o casal ideal para fomentar aquela barulheira do The Cramps que nós tanto amamos! Definitivamente, o casal mais memorável do Rock! Ivy é totalmente única. Sem paralelos!

    Poison Ivy

Gillian Lesley Gilbert (por: Mau Carlakoski)

A Gillian é uma mulher que me faz dançar, sonhar e voar com cada arranjo vindo do seu teclado... Sua música é como um atraente poema místico. Muitas bandas de nossos tempos - ainda que não saibam -  carregam em suas próprias produções alguns traços legados da arrebatadora música de Gilbert!

Gillian Gilbert

Kim Deal (por: Mau Carlakoski)

A Deal é simplesmente a baixista mais querida do mundo, seus baixos soam como um amigo falando o quanto é legal viver. Ela é virtuosa e sempre esteve caminhando para a construção de novas ideias. O que ela faz é simplesmente entusiasmante e atinge potencialmente qualquer ouvinte! 

Kim Deal

Ari Up (por: Juliana Vannucchi)

Ari Up sempre foi uma das figuras mais cativantes do punk rock. Era inteligente , talentosa e  sempre batalhou para fazer com que as mulheres tivessem espaço na música e fossem respeitadas nesse meio artístico. Numa entrevista concedida à BBC, comentou que via grupos de meninos que faziam várias coisas que queriam, mas não eram criticados. No entanto, quando garotas tentavam a mesma coisa, geralmente sofriam críticas. Rompendo barreiras e tirando qualquer tipo de censura do seu caminho, Ari Up se transformou num verdadeiro mito do punk rock e a The Slits foi uma das bandas mais revolucionárias da história do rock. Ari Up via essas mudanças como algo necessário e acreditava que as bandas que pertenciam ao movimento punk eram, inclusive, responsáveis por gerar essas transformações culturais - políticas, filosóficas, musicais, etc. 

Ari Up


                                                             Lora Logic (por: Juliana Vannucchi)

Lora Logic foi umas das responsáveis por inovar a sonoridade crua e tradicional do punk ao inserir engenhosas linhas de saxofone nas músicas da banda X-Ray Spex, da qual participou durante um período. Sim, podemos dizer portanto que, historicamente, ela colaborou para que o punk tivesse uma nova cara e atravessasse fronteiras estéticas, experimentando possibilidades musicais distintas daquelas que marcaram seu período embrionário. Certamente, esse feito é suficiente para que a magnífica Lora Logic seja considerada, sem exageros, como a maior saxofonista de toda a era punk. 

Lora Logic

Poly Styrene (por: Juliana Vannucchi)

Styrene pode ser definida como um símbolo de força, resistência e superação. Foi uma mulher guerreira que se desvinculou totalmente de todos os padrões femininos impostos no período em que esteve à frente da banda X-Ray Spex. Sofreu diversos ataques raciais e machistas e foi alvo de preconceito devido à sua aparência, mas, ao invés de se entregar ao sofrimento que tudo isso lhe causava, ela simplesmente escreveu uma série de letras ácidas que atacam a sociedade pós-moderna e seus principais componentes, como a alienação, a identidade, a opressão e o consumismo.


                                                     Debbie Harry (por: Juliana Vannucchi)

A belíssima Debbie Harry não apenas consolidou sua fama como o maior símbolo da New Wave, mas também obteve sucesso como atriz, tendo participado de mais de sessenta filmes. Por isso, podemos assegurar que a icônica vocalista do Blondie é uma verdadeira referência cultural. Conhecida e respeitada em todos os cantos do mundo, suas canções agradáveis e vibrantes ainda arrancam suspiros de muitas pessoas e tocam constantemente em várias rádios e discotecas.

Debbie Harry

Tina Weymouth  (por: Juliana Vannucchi)

Tina é especialmente aclamada por suas inconfundíveis mesclas de melodias rítmicas da dance music com riffs minimalistas... Seria uma combinação improvável para muitos, mas não na mão dessa habilidosa artista, que praticamente brincava com seu instrumento. Tina sempre foi uma baixista ousada e inventiva, que fez de seu talento uma espécie de laboratório de experimentos sonoros. É válido lembrar que ela já foi eleita a melhor baixista do planeta por sua memorável contribuição na música "Psycho Killer", faixa mais famosa do Talking Heads. Outro aspecto que a tornou muito conhecida foi sua irreverência em cima dos palcos. O comportamento agitado e um tanto teatral nos shows sempre atraíram os olhos do público.

Tina Weymouth

Pam Hogg (por: Juliana Vannucchi)

Pam Hogg é um dos maiores nomes por trás do aspecto visual do universo punk e pós-punk. Essa lenda da moda underground possui como admiradores alguns dos maiores nomes da música, como Ian Astbury e Siouxsie Sioux. Mas o talento de Hogg não se restringe apenas à moda: ela também já fez parte de um notável projeto musical chamado “Hogg Doll”, através do qual mostrou grande presença de palco e nos presenteou com uma voz encantadora.

Pam sempre foi extremamente autêntica em suas criações e jamais abandonou a ideologia D.I.Y. que, até hoje, se faz essencialmente presente em suas produções estilísticas. A fashion designer escocesa também é autodidata e, inclusive, já declarou que nunca estudou moda e por isso não segue regras específicas, fato que a faz trabalhar de uma maneira livre, espontânea, diferente e em contraponto com as imposições e exigências da grande indústria. Em suas peças são usados materiais bem variados, e suas inspirações são igualmente diversificadas. Todos esses aspectos fazem de Pam Hogg uma das mulheres mais inspiradoras, brilhantes e geniais de nosso tempo.

Atualmente, além do seu trabalho na moda, a subversiva designer escocesa mostra-se engajada em questões políticas e sociais e, inclusive, em mais de uma ocasião, já demonstrou seu inconformismo em relação ao deplorável e medonho governo de Jair Bolsonaro. Em 2020, tive a oportunidade de fazer uma brevíssima entrevista com ela por intermédio do Zine Última Quimera. Quando perguntamos sobre o efeito que seu trabalho pode causar nas pessoas, ela respondeu: “Eu ofereço um jeito de olhar para as coisas e espero que a visão através dos meus olhos ressoe, conecte e inspire (...) Eu me esforço até que seja atingida por um momento de alegria e, assim, sinto que estou dando algo para as pessoas”.

Pam Hogg

Brix Smith Start (por: Juliana Vannucchi)

A guitarrista e vocalista do The Fall esbanjou um enorme talento musical durante sua carreira, recebendo sempre muitos elogios por parte da crítica especializada. Brix teve participação ativa na produção de algumas da faixas de maior sucesso da banda. Além dessa marcante passagem pelo The Fall, ela também teve uma brevíssima passagem colaborativa com a banda Hole, liderada por Courtney Love, e também esteve com o Bangles.

Nos últimos anos, Brix Smith Start tem se dedicado à moda e já apareceu algumas vezes em programas televisivos nos quais foi consultada por ser especialista no assunto.
 
Brix Smith Start

Patti Smith (por: Juliana Vannucchi)

Patti Smith, a grande poeta do rock and roll, foi uma das precursoras do movimento punk norte-americano. Suas performances e seu lirismo sempre estiveram repletos de romantismo, emoções e sentimentos profundos, com os quais muitas pessoas se identificam. No livro "Mate-me Por Favor", declara em relação ao seu processo criativo: "Comecei a fazer sucesso escrevendo aqueles poemas longos, quase poemas de rock and roll (...) Escrevo pra ter alguém. Há um motivo por trás de tudo que escrevo (...) Outra coisa é que, através da performance, alcanço certos estados nos quais sinto minha mente muito aberta - cheia de luz, enorme (...)". Não há dúvida de que os ouvintes e espetactadores captam e entram nessa sintonia esplêndida da  poderosa "rainha underground".

Patti Smith

Joan Jett (por: Juliana Vannucchi)

Joan Jett é um verdadeiro mito do hard rock! Essa divindade sagrada do rock and roll  mudou o cenário musical dos anos setenta e, a partir dessa década na qual iniciou sua carreira, eternizou seu sucesso! É uma cantora maravilhosa cujas músicas e álbuns são aclamados e tocados constantemente em todos os cantos do planeta. É praticamente impossível encontrar alguém que não admire essa mulher rebelde e glamourosa e que não chacoalhe a cabeça aos sons de seus eternos clássicos do rock!

Joan Jett

Lydia Lunch (por: Juliana Vannucchi)

Lunch sempre pareceu satisfeita e despreocupada em chocar o conservadorismo. Talvez, por isso, tenha caminhado em direções contrárias a qualquer tradicionalismo vigente. Foi a principal expoente da No Wave norte-americana, movimento musical desconstrutivo que buscava uma emancipar-se das cenas que imperavam na época. Em sua prolífica carreira, já gravou com Rowland Howard e Nick Cave, Bob Bert e outras personalidades históricas da cena pós-punk. Com um espírito livre e excêntrico, sempre foi provocativa e muito criativa, traço este que a fez se envolver com outras atividades além da música: é atriz, poeta e obteve um destaque especial em suas aventuras como escritora. Sua voz, potente e doce ao mesmo tempo, expressa sua força interior. Já tive a oportunidade de encontrá-la pessoalmente e posso garantir que  Lydia é uma pessoa fantástica.

Lydia Lunch

Lisa Gerrard (por: Juliana Vannucchi)

É uma tarefa difícil descrever a experiência vivida por um indivíduo quando a doce e mágica voz de Lisa Gerrard chega aos seus ouvidos. As melodias disparadas por seus lábios são simplesmente alucinantes e levam qualquer um para uma dimensão alheia ao espaço e ao tempo, numa espécie de viagem metafísica. Sua maneira de cantar é profunda e única. Todos os trabalhos musicais dos quais ela participou são presentes divinos que sempre soam de uma maneira agradável. Sua carreira é plenamente feita de acertos, Lisa Gerrard está sempre em alta. 

Lisa Gerrard
 

Dolores O’Riordan (por: Juliana Vannucchi) 

Dolores é dona de uma voz maravilhosa que emocionou gerações, que cativou corações e que mudou a vida de muitas pessoas. Sua presença de palco e sua doçura são imortais e, apesar de seu falecimento precoce ter entrestecido e chocado o mundo, ainda assim, felizmente, podemos continuar desfrutando de seu legado artístico. Suas músicas consolam, aliviam, inspiram, fortalecem e, por fim, podem ser uma verdadeira salvação existencial.

Dolores O’Riordan
 

                                                          Chrissie Hynde (por: Karlos Júnior)

Líder da banda The Pretenders, Chrissie vem há décadas atuando como vocalista, compositora e guitarrista do grupo, sendo a única voz ativa do projeto em seu tempo de vida. Como ícone e símbolo musical, sua gênese remete aos primórdios da história dos movimentos punk rock e new wave, destacando-se como inspiração para que milhares de outras mulheres sigam seus passos e lutem por seus espaços no universo da música. Chrissie destacou-se também nos últimos anos como ativista e defensora dos direitos dos animais, combatendo o especismo e buscando um tratamento mais ético às demais criaturas terrestres.

Chrissie Hynde


                                                               Nico (por: Karlos Júnior) 

Nome artístico de Christa Päffgen, cuja simbologia refere-se a um anagrama da palavra Icon (ícone), saído da mente de seu amigo Andy Warhol. Nico destacou-se como modelo em tenra idade e em seguida como atriz, ganhando um pequeno papel em "La dolce vita" de Fellini, e mais tarde como protagonista de "Strip-Tease", de Jacques Poitrenaud. Como integrante do Velvet Underground e depois em uma carreira solo, Nico brindou à música com seus vocais marcantes e experimentalismos sonoros, deixando um legado na história do rock e da música mundial.

Nico



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