Fanzine Brasil

domingo, 22 de novembro de 2020

LED ZEPPELIN É MELHOR DO QUE THE BEATLES?

Por: Juliana Vannucchi

É injusto falar na história do rock sem citar o Led Zeppelin, que é um dos representantes mais aclamados desse gênero musical. Para muitos, em diversos aspectos, eles foram até mesmo superiores aos Beatles. Será? De fato, quando o quarteto de Liverpool saiu de cena no início dos anos setenta, o Zeppelin (e também os Stones) ganharam mais espaço no universo musical. Enfim, é difícil responder a essa pergunta, mas não é nenhum absurdo dizer que o Led Zeppelin é a melhor banda do mundo. De qualquer maneira, certamente, ao menos uma vez na vida, você já se emocionou com as doces e profundas melodias de “Starway to Heaven” ou chacoalhou a cabeça ao som de hits como “Black Dog”, “Immigrant Song” ou “Good Times Bad Times”.

A carreira do Zeppelin teve como embrião os The Yardbirds, banda da qual Jimmy Page participou durante um período. Quando ele deixou o grupo, o Zeppelin surgiu. Nos primórdios da carreira, os membros da banda, por vezes, eram motivo de risada devido aos seus trajes e cabelos. Houve até mesmo dificuldade para que fossem atendidos em restaurantes! Mas isso se tornou memória de estrada, pois em pouco tempo, de certa forma, eles conquistaram o mundo todo.

As histórias e considerações sobre a banda não se esgotam: existem inúmeros livros e incontáveis revistas, textos e documentários sobre o grupo. Há muito o que se contar e há muito para se conhecer e desvendar em relação ao Zeppelin. Hoje, o Fanzine Brasil se propõe a apresentar alguns fatos marcantes de cada um dos membros desse incrível quarteto musical, para que o leitor possa conhecer (e se encantar) com a banda. Então, ligue o som, aumente o volume, e vamos lá...

O Led Zeppelin é uma das bandas mais geniais da história

O ETERNO JOHN BONHAM - OU “A BESTA PERCUSSIONISTA”:

Vale a pena falar especialmente de John Bonham. Ele foi um exímio baterista cujo nome se consagrou ao longo do tempo através do som eletrizante pelo qual conduzia seu instrumento. Além de sua qualificação técnica, ele tinha comportamentos marcantes e um tanto inusitados, como arremessar suas baquetas para longe no final dos shows e começar a tocar um solo com as mãos até elas sangrarem.

Dentre todos os membros do grupo, Bonham sempre foi o mais polêmico. Chegou a ser preso na França após destruir um hotel e, nessa época, recebeu o apelido de “la bête”, cuja tradução é “a besta”. Ele não parou por aí: certa vez, empurrou George Harrison numa piscina... e isso não pegou bem! Apesar de todos os episódios de caos e excessos, Bonham era uma pessoa carismática e amada pela banda e por sua família. Ele faleceu em 1979, depois de se deitar após ter ingerido alguns drinks. Foi um momento trágico na carreira da banda, que perdia um dos gênios do quarteto.

ROBERT PLANT JÁ APOIOU NELSON MANDELA:

Em 2005, após lançar seu segundo álbum acompanhado pelo The Strange Sensation, Robert Plant realizou um show na Noruega que foi especialmente dedicado a Nelson Mandela, com o objetivo de arrecadar fundos para combater a AIDS. Ele não foi o único músico famoso a participar desse evento, Peter Gabriel também marcou presença.

JOHN PAUL JONES DIVIDIU O PALCO COM DAVE GROHL:

Jones sempre foi o membro mais discreto e menos polêmico do Led Zeppelin. Mas assim como os outros integrantes da banda, foi notavelmente genial e muito produtivo ao longo de sua carreira musical.

Em 2008, subiu ao palco com Dave Grohl, do Foo Fighters e, curiosamente, desempenhou o papel de maestro de uma orquestra que estava presente para acompanhar a música que a banda apresentaria. Um momento ilustre para a história do rock and roll. Ele também já tocou ao lado de Lenny Kravitz, já contribuiu com um álbum de Peter Gabriel e fez alguns arranjos para o clássico “Automatic”, do R.E.M, além de abrir um show para o King Crimson.

Jones chegou a customizar um instrumento de cordas, feito com três braços, que o possibilitou explorar caminhos sonoros bem diversos.

JIMMY PAGE, O BRUXO DA GUITARRA:

Page ficou muito famoso pela inventividade com que tocava guitarra e pelos riffs magníficos aos quais deu vida. Ele usava, por exemplo, um arco de violino para tocar seu instrumento. Além de seu talento, a carreira de Page foi marcada pelos incontáveis relacionamentos (incluindo um que manteve com uma garota de 14 anos), abuso de entorpecentes - que para ele faziam parte da magia da banda e do processo criativo -, e também pelo forte interesse que o músico nutria pelo ocultismo.

Page tinha 13 anos quando ganhou sua primeira guitarra. Aos 14, apareceu na televisão num show de calouros. Pouco tempo depois, ainda na adolescência, começou a tocar guitarra profissionalmente com Neil Christian and the Crusaders.

Ele é considerado um dos guitarristas mais influentes de todos os tempos. Johnny Ramone chegou a descrevê-lo como “o maior guitarrista de todos os tempos” e revelou que Page foi uma de suas maiores inspirações. É de se pensar que talvez os Ramones nem ao menos existissem, se não fosse pela trajetória brilhante do guitarrista do Zeppelin.

Referências bibliográficas:


HILL, Tim; GAUNTLETT, Alison; THOMAS, Gareth; BENN, Jane. Led Zeppelin: A História Ilustrada. São Paulo: Editora Escala, 2010.

FERRI, René. Led Zeppelin. São Paulo: Editora Escala. Coleção: Metal Massacre.

 

 


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