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SIOUXSIE SIOUX - SOPROS DE VIDA

Grandes homens, assim como grandes tempos são um material explosivo interior do qual uma força imensa é acumulada (....)

“DISCO DA BANANA”- A OBRA PRIMA IGNORADA

Eu sabia que a música que fazíamos não podia ser ignorada

SEX PISTOLS - UM FENÔMENO SOCIAL

Os Sex Pistols foram uma das bandas de Rock mais influentes da história.

ATÉ O FIM DO MUNDO

Com custos acima de mais dez milhões de dólares, é um filme encantador, artístico, típico das obras de Wim Wenders, realmente, é uma obra fascinante, mais uma certo do diretor alemão.

AFINAL, COMO SURGIU O CINEMA?

Um breve questionamento e historio sobre o assunto.

ATÉ O FIM DO MUNDO

Com custos acima de mais dez milhões de dólares, é um filme encantador, artístico, típico das obras de Wim Wenders, realmente, é uma obra fascinante, mais uma certo do diretor alemão.

WOLF CITY - AMON DUUL II

Wolf City é um dos maiores clássicos do Rock Progressivo. É um álbum que celebra magicamente este gênero musical, e que é foi gravado por artistas imensamente talentosos

domingo, 22 de setembro de 2019

RELEMBRE A CARREIRA DE DAVID BOWIE NO CINEMA

Por: Juliana Vannucchi e Gabriel Marinho


David Bowie é merecidamente uma das celebridades mais respeitadas do Rock And Roll. Criador de hits memoráveis e de álbuns brilhantes, o artista é respeitadíssimo no meio musical. Mas além de ser um grande compositor, cantor e produtor, ele também já deixou sua assinatura no universo cinematográfico. Selecionamos cinco filmes que contam com a participação do camaleão do Rock. Confira nossa lista!

1. O Homem Que Caiu Na Terra:

Possivelmente o mais marcante dos filmes de Bowie. Em O Homem Que Caiu Na Terra, o camaleão do Rock, que estava cada vez mais popular no período de lançamento desse longa, mostrou que realmente tinha talento para o cinema. Na sinopse do filme, vemos um alienígena que vem á Terra e se infiltra entre os seres humanos para encontrar água para o seu planeta natal. Curiosamente, o roqueiro que interpretou o extraterrestre na história, mais ou menos na mesma época dessa produção, deu vida a um extraterrestre chamado Ziggy Stardust, personagem que o músico encarnou e levou para os palcos, e com o qual fez imenso sucesso no meio musical.

2. O Labirinto: A Magia do Tempo:

Um dos filmes mais memoráveis da década de oitenta (pelo menos entre o gênero de fantasia). Bowie, desta vez, aparece no papel do “Rei dos Duendes”. O roqueiro mostrou uma boa atuação que foi complementada com excelentes canções (como “As The World Falls Down”, “Magic Dance”… ) e ótimos passos de dança. De maneira geral, cantando, dançando e atuando, podemos dizer que Bowie, nesse filme, mostrou sua pluralidade artística, que sempre foi um dos maiores destaques de sua carreira.

Bowie interpretando o Rei dos Duedes.
 3. Fome de Viver:

Dando continuidade aos seus versáteis papéis no cinema, neste filme, ele interpretou um vampiro. Desta vez, Bowie atuou ao lado de uma das atrizes mais respeitadas do cinema, Catherine Deneuve. A história do filme centra-se nos sugadores de sangue, e o longo possui uma caprichada atmosfera noir, além de contar com a participação da banda Bauhaus. Pelo conjunto da obra, uma das melhores obras sobre vampiros de todos os tempos!

David Bowie e Catherine Deneuve no set de filmagens do longa "Fome de Viver".  

4. A Última Tentação de Cristo:

Talvez o filme de maior popularidade do qual David Bowie tenha participado. Dirigido por Martin Scorsese e contando com uma produção grandiosa, A Última Tentação de Cristo conquistou a maior parte da crítica especializada. O longa-metragem chegou a ser indicado ao Oscar e também teve indicação em uma categoria do Globo de Ouro. A história baseia-se na  vida de Jesus Cristo, mas considerando-o sob uma perspectiva mais humana, cheia de sentimentos, como medos e desejos, fatores esses, que causaram imensas críticas e reprovações ao filme por parte de conservadores religiosos. Bowie atuou no papel de Pôncio Pilatos, personagem que no filme, confronta Jesus Cristo  (pois é… ousadia). O músico foi amplamente reconhecido e elogiado por esse papel. Essa foi mais uma grande participação de David Bowie no cinema…

5. Twin Peaks – Os Últimos Dias de Laura Palmer:

David Lynch dirigiu essa produção para tentar amenizar as críticas ao trágico final da série Twin Peaks, que não foi muito bom. Os fãs rejeitaram e consideraram o filme muito abaixo da média e qualidade do seriado. Porém, Lynch contou com um grande nome para o elenco do longa: David Bowie. O roqueiro se deu bem no papel e fez com valesse a pena assistir o filme em questão, ainda que o roteiro não seja tão qualificado.

730 Passos ~ 罪と罰 - HallecӃ:

Por: Julina Vannucchi

Uma das grandes e mais recentes novidades do cenário musical underground foi o lançamento da faixa “730 Passos ~ 罪と罰”, do “HallecӃ”,  projeto solo do músico Thiago Halleck, artista que se destacou por sua participação nas bandas Gangue Morcego e 1983, através das quais se firmou como um dos mais notáveis nomes do Pós-Punk nacional. Thiago, literalmente, é responsável por todos os elementos que compõem a música recentemente lançada: ele gravou a voz e todos os instrumentos, revelando assim sua habilidade como multi-instrumentalista. De maneira geral, “730 Passos~ 罪と罰 ” possui uma aura que me faz lembrar do Killing Joke e do Joy Division, e é como se o trabalho de Thiago fosse uma espécie de fusão poética original desses dois grandes mitos musicais britânicos. Abaixo, você confere com exclusividade uma conversa que tivemos com o artista, na qual ele nos contou muitas coisas interessantes sobre o processo de produção da faixa inaugural de seu novo projeto solo. 
 
1. Qual é o significado do nome desse projeto musical?

HallecӃ vem do meu sobrenome, Halleck. O Ӄ vem do alfabeto cirílico, mas apenas por um fator estético, não há nenhum motivo em especial. O nome da música vem do livro Crime e Castigo, do Dostoievski. 730 Passos é a distância que o Raskolnikov percorre entre a casa dele e a casa da vítima. Os kanjis dizem "tsumi to batsu", que, em japonês, significa justamente "crime e castigo". Eu gosto muito das bandas japonesas de visual kei e muitas delas possuem músicas chamadas Tsumi to Batsu, então esse título foi uma referência dupla: ao livro que inspirou a letra e às bandas que me inspiram musicalmente.

2. Como surgiu a ideia de gravar algo sozinho?

Essa ideia se deve a vários fatores. O pontapé inicial foi com uma banda que eu tive que começou em 2008 e passou por 3 vocalistas. Substituir um vocalista é sempre uma aposta muito alta, porque ele representa uma figura muito forte e a identidade de uma banda está quase sempre subordinada a isso.
 Quando a terceira vocalista daquela banda saiu fora, em 2015, eu já estava de saco cheio daquilo tudo, além de perceber que tudo sobre a banda já estava extremamente desgastado. Eu nunca fui um puta cantor e fiquei pensando "se eu cantasse direito, não precisaria passar por isso nunca mais". Mas, na verdade, tem muita banda que a gente adora e que os caras não são nenhum prodígio de voz. É mais uma questão de saber trabalhar bem com as próprias limitações. Quando eu estabeleci isso na minha cabeça, lá para 2017, o projeto tomou forma na minha cabeça.
Além disso, tem o fato de que ter banda é o máximo, mas você acaba esbarrando em algumas limitações. São 3, 4, 5 interesses de pessoas diferentes para conciliar. Nem sempre tudo sai como você gostaria, e, por muitas vezes, alguns planos e idéias precisam ser descartados ou modificados de um jeito que você pensa "ok, assim é a forma mais democrática e acertada", mas que, lá no fundo, você também fica pensando "poxa, não gostei disso de verdade". Fazendo sozinho, há um controle maior do rumo do projeto.

E, por fim, tem exemplos como o Phil Collins, o Prince, o Stevie Wonder e o David Grohl, que gravaram discos inteiros sozinhos. Compor, tocar e gravar todos os instrumentos e vozes é um tremendo exercício musical. Em banda, eu acabo pensando como baixista, mas, agora, eu também penso como baterista, guitarrista e vocalista. Isso muda a forma como você entende a música e a forma como você se relaciona com cada instrumento. Além de tudo, se torna um processo de autoconhecimento.

Recentemente, o músico brasileiro Thiago Halleck divulgou a primeira faixa de seu projeto solo.

 3. Quanto tempo você levou para fazer essa música?

Foi em 2017. Eu compus a música toda em poucas horas. A letra só veio mais de um ano depois, enquanto eu relia Crime e Castigo. A gravação deve ter levado algo em torno de uns dois meses. O baixo eu gravei de primeira, em um take só, e a bateria eu programei no computador, o que também é algo que eu tenho muita facilidade em fazer. As guitarras e os vocais, que são os instrumentos que eu tenho menos domínio, deram mais trabalho, e eu gravei e regravei inúmeras vezes, até ficar satisfeito. No final, mandei tudo para o Sérgio Filho para mixar e masterizar.

4. Pretende lançar mais material? Caso sim, quando?

Agora que a primeira música saiu, ninguém mais me segura! Já tenho algumas outras quase prontas, faltando gravar apenas as vozes e mandar para o Sérgio. Também preciso fechar as artes de cada single, já que também sou eu quem faz essa parte. Sem datas por enquanto. Um dos propósitos deste projeto é fazer tudo no seu tempo e sem me estressar.

*Para conhecer a música de estreia da carreira solo de Thiago Halleck, acesse o link abaixo:




*Confira a seguir a letra de 730 Passos~ 罪と罰:

Trago na alma um desdém raivoso

Passam objetos fugazes sob o olhar do poente

Praças, madeira, tijolos, poeira

Um gosto amargo rola até os meus lábios

É preciso que haja um lugar para onde ir



Os olhos cansados, fechados no meio da noite

Esboçam um quadro medonho, num sonho, o açoite

Isolado na cela, na gaiola amarela

A roda da máquina invisível me traga

É preciso haver um lugar onde haja piedade



Sórdido, nojento, abjeto

Deslizo no sangue

Sinistro projeto

Arrasto-me, exangue

Um crime sem pecado

Um corpo no chão

Um golpe certeiro assustado

O eclipse da razão

*Siga Thiago Halleck nas redes sociais e acompanhe seus trabalhos:


Facebook:

 

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

SELECIONAMOS 10 FILMES PARA QUEM GOSTA DE ROCK AND ROLL

Por: Vannucchi

Caros leitores, sejam bem-vindos a mais uma lista do nosso site. Dessa vez, selecionamos 10 filmes que, de alguma forma, ilustram  parte da história do Rock And Roll. Felizmente caberiam mais títulos aqui, já que há outras produções dignas de destaque, mas embora não tenha sido uma tarefa fácil, escolhemos apenas dez. Confira e deixe seu comentário.

1. Escola de Rock: 

Um filme que apresenta o Rock And Roll em sua essência: a liberdade e a rebeldia. E esses dois elementos se solidificam no Rock em todos os sentidos, seja no âmbito ideológico, seja social, no ritmo, letra ou melodia. Literalmente, esse divertido filme é uma verdadeira lição sobre qual é o espírito do Rock And Roll!

2. O Garoto de Liverpool: 

Filme biográfico de um dos maiores ícones (se não o maior) de toda a história do Rock: John Lennon. Narra sua infância e juventude, e oferece ao espectador um mergulho pela vida do músico. A história é bem conduzida e de maneira geral, o longa é bem agradável.

3. The Doors: 

Com uma atuação brilhante de Val Kilmer, o filme explora a história do The Doors, focando na vida do vocalista Jim Morrison. A produção é excelente em sua totalidade, contanto com ótima condução do parte do diretor do filme, um roteiro baseado em depoimentos de músicos da banda e nas biografias do The Doors, e grandes atuações. Uma viagem alucinante pela vida do alucinado Jim Morrison. No entanto, é preciso mencionar que Ray Manzarek, um dos membros da banda, não ficou nada satisfeito com o longa e o criticou negativamente.

Cena do filme "The Doors".

 4. Tommy: 

Uma produção psicodélica e imensamente criativa baseada em “Tommy”, ópera Rock da banda The Who. O álbum é uma das obras mais aclamadas e reconhecidas do Rock And Roll. O filme conta com a participação de importantes nomes da música como Tina Turner, Eric Clpaton e Roger Daltrey, vocalista do The Who. 

5. The Runaways: 

Filme de 2010 que retrata a trajetória da mias popular banda de Rock composta por mulheres. A narrativa nos ajuda a compreender a história desse grupo e assim, mergulhar no fenômeno que foi o Rock durante o período de eclosão deste louvável grupo feminino. 
 
6. Rock Of Ages: 

Uma combinação irresistível que une um excelente elenco com grandes músicas de Rock. A trilha sonora conta com músicas de Bom Jovi, Skid Row, Def Leppard, Poison, e entre outros. Uma experiência imperdível para quem aprecia Rock And Roll. 

7. All Is By My Side: 

Essa produção explora a vida de Jimi Hendrix. Se passa no final da década de 60 e conta com a direção de John Ridley, mesmo diretor do conceituado filme “12 Anos de Escravidão”. 

7. Detroit Rock City: 

O que um fã do KISS não faria para assisti-los? Quer dizer, estamos falando do KISS, uma das bandas mais primorosas do Rock And Roll. Muitos fãs fariam qualquer loucura para vê-los! E o filme retrada exatamente isso, a jornada de quatro garotos fãs da banda que abrem mão de tudo para curtir o bom Rock And Roll dos gênios do KISS. A trilha sonora do filme é composta por músicas de bandas clássicas de Rock, tal como Thin Lizzy, ACDC, Van Halen, Sweet e outras - é uma maravilha à parte!

Detroit Rock City. O filme tem uma trilha sonora espetacular, repleta de clássicos do Rock

8. Sid & Nancy: 

Apesar do pouco tempo de sucesso e de um período de vida curto, Sid Vicious deu o que falar. O sucesso meteórico do Sex Pistols, elevou a vida do músico e o tornou um dos nomes mais conhecidos do Rock And Roll. Esse filme britânico da década de oitenta mostra o cenário Punk da Inglaterra, liderado por Vicious, e mostra sua relação com a groupie Nancy Spungen. O roteiro é baseado em fatos reais. 

9. Os Reis do iê iê iê: 

Um dos filmes mais clássicos sobre os Beatles, e que é estrelado pelos próprios músicos. Foi premiado no BAFTA e no Oscar. Vale a pena colocar na lista e conferir. Divertido e alegre, tal qual são os The Beatles. 

10. Velvet Goldmine: 

O longa retrata o movimento Glam Rock, através de uma notável produção e de um roteiro repleto de reviravoltas, de muita purpurina e figurinos extravagantes. Mostra também o cenário social no qual o gênero musical em questão se inseriu. A trilha sonora carrega canções de bandas como T-Rex, Roxy Music e Iggy Pop. 

*Texto anteriormente publicado no site Cinema de Buteco (www.cinemadebuteco.com.br).
 
GUIA NETFLIX:
 
Abaixo, deixamos algumas sugestões de documentários para nossos leitores curtirem na Netflix! Confira!
 
Mystify: Michael Hutchence
 
Esse é para os fãs do vocalista do INXS. Imagens raras e músicas clássicas emocionam o espectador.
 
The Dirt: Confissões do Mötley Crüe
 
Uma elogiável produção que foi aclamada pelos fãs de Hard Rock. Um giro pela trajetória de uma das bandas mais queridas desse gênero!
 
Sepultura Endurance
 
Esses monstros brasileiros, muito possivelmente são os mais famosos representantes de Rock do nosso país. Conheça melhor a história da banda através dessa produção. 
 
Keith Richards: Under The Influence
 
Conhecer Keith Richards, é conhecer o próprio Rock And Roll. Esse título, portanto, não pode faltar na sua lista!
 

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