Por: Juliana Vannucchi
“Sem a música, a vida seria um
erro”. – F. Nietzsche.
Hoje
o site Fanzine Brasil abrirá espaço para falar sobre Matheus de Angeli Ferraz, um jovem
músico brasileiro cujo talento é diferenciado e especialmente promissor. Diante
de uma atual indústria que é tragicamente tomada por pseudo-músicos cujas
produções são clichês e vazias, quando nos deparamos com artistas como Matheus,
nos enchemos de esperança e satisfação. Não sei exatamente qual caminho ele irá
trilhar em sua vida, mas estou certa de que estará sempre acompanhado de seu
dom musical e de sua competência mediante a música, essa grande e importante
paixão que o move e o inspira.
Conheci
o Matheus através de sua adorável avó, Edna Ivonne Holtz, que assim como o neto
e também como eu, sempre foi apaixonada por música. A primeira vez que escutei
o Matheus cantar, foi justamente através de uma gravação que a Edna,
orgulhosamente, me mostrou e de imediato, assim como a avó, me encantei com a belíssima e diferenciada voz
do menino. Para ser honesta, tanto eu, quanto a Edna ou qualquer outro que o escuta
cantar, imediatamente percebe com clareza e certeza que o músico tem muito, mas
muito a mostrar ao mundo.
"A música é como uma droga que te faz experimentar sensações, prazeres e sentimentos exclusivos. Para mim algo que faz meu dia é quando descubro uma peça, uma canção ou uma trilha sonora nova”. |
Matheus
nasceu na cidade de São Paulo, em 1999. É apaixonado por música desde a tenra
idade: “Lembro que quando era mais novo escutava muito o Abbey Road, dos
Beatles. O CD era do meu pai e rodei ele até riscar”. Além de escutar esse e
outros CDs com frequência ao longo da
infância, seu talento começou a se evidenciar cedo, e aos 13 anos, deu seus
primeiros passos no estudo do violão. Nessa época, conforme foi aprendendo a
tocar o instrumento, seu professor o incentivou a cantar. A partir de então, se
aperfeiçoou cada vez como músico. Desde esse período, já se apresentou em eventos
escolares e bares, além de ter participado de uma banda. É apaixonado por MPB e
Bossa Nova, gêneros que, de maneira geral, são suas principais influências.
Admira artistas brasileiros como Gilberto Gil, Tom Jobim, Caetano Veloso,
Milton Nascimento, Elis Regina e também se inspira em nomes internacionais,
como Eddie Vedder e Chris Cornell.
Escutar
e tocar música, significa tudo para Matheus e também gera emoções inexplicáveis
em muitos outros indivíduos. Sobre o poder singular dessa grandiosa expressão
artística, o jovem refletiu: “Acho que como qualquer arte é uma outra forma de
se comunicar, porém de uma maneira mais bela e mais expressiva, algo que um
simples bate-papo não consegue proporcionar. Fora isso a música pode ser muitas
outras coisas, como entretenimento, refúgio ou simplesmente aquele momento em
que você coloca seu fone de ouvido ou está num determinado show e se sente
realmente conectado (amo quando isso acontece, normalmente quando escuto uma
música maravilhosa pela primeira vez). É aquele momento em que só existe você e
a música e tudo está pleno, sereno, e é surreal. É, de fato, como uma droga que
te faz experimentar sensações, prazeres e sentimentos exclusivos. Para mim algo
que faz meu dia é quando descubro uma peça, uma canção ou uma trilha sonora
nova”.
Com
aproximadamente 15 anos, Matheus decidiu que no ensino superior cursaria
Música, fato que se concretizou e atualmente estuda na Unicamp, uma das
universidades mais conceituadas do país. A respeito dessa escolha tão
importante que fez, comentou: “Foi uma decisão fácil no sentido de que não me
imaginava fazendo qualquer outra coisa, mas ao mesmo tempo foi difícil por não
ser um curso valorizado e a música, em questões profissionais não é área de
atuação fácil”. No futuro, pretende estudar regência e produção musical, áreas
que certamente lhe abrirão um leque de oportunidades profissionais. Mas por
hora, Matheus me confessou que “prefere aproveitar o momento presente e
aproveitar os estudos e aprendizados de agora. O curso está agregando muito e
no momento e estou aprendendo a tocar piano e teclado”. As coisas acontecerão
na hora certa e seu futuro será escrito aos poucos. Para encerrar meu papo com
o Matheus, perguntei o que a música significa em sua vida. A resposta foi
profunda e bem criativa: “Quando eu souber responder uma pergunta dessa de uma
forma não musical, eu respondo (risos)”.
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