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WOLF CITY - AMON DUUL II

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domingo, 18 de agosto de 2019

SÓLSTAFIR - ÓTTA:

Por: Juliana Vannucchi

Lançado em 2014, o Ótta é o quinto álbum de estúdio do Sólstafir, banda islandesa de Black Metal que começou a dar seus primeiros passos em meados de 1995 e gravou seu primeiro trabalho de estúdio em 1999.

Os atuais músicos que compõe a banda atualmente são o vocalista e guitarrista Aðalbjörn Tryggvason, o baixista Svavar Austman, o guitarrista Sæþór Maríus Sæþórsson e o baterista Hallgrímur Jón Hallgrímsson, que juntou-se ao grupo mais recentemente, em 2017. 

 A primeira vez que escutei o Ótta foi durante uma visita feita a um querido amigo – que aliás, é um grande conhecedor de Rock And Roll, especialmente do Metal. Esse amigo disse que eu iria gostar das músicas e acertou! Eu comecei a me encantar pela banda especialmente durante a segunda faixa, que carrega o mesmo nome do álbum e, daquele ponto até a última música, fiquei simplesmente maravilhada com o Sólstafir.

O Ótta, de maneira geral, é um álbum intenso, criado a partir de despejos densos de emoção e sentimentos. Suas músicas conduzem o ouvinte a um passeio obscuro através das gélidas paisagens escandinavas e durante este percurso fatal ao qual somos tão envolventemente conduzidos, nos perdemos numa profunda e trágica experiência catártica cujo efeito poderoso nos emerge num processo de limpeza espiritual. 

Capa do álbum: uma imagem sublime e sentimental.

 A sonoridade do álbum oscila brilhantemente entre arranjos compostos por elementos sonoros tradicionais do Black Metal e melodias suaves e obscuras. Essas tão diferentes texturas são exploradas com maestria, algo que certamente, não é um feito simples e exige uma qualificação artística especial por parte dos músicos. E claro, é preciso dizer que essas alterações sonoras consistem num dos pontos mais deslumbrantes do álbum, afinal, garantem a ela uma unicidade diferenciada. O Ótta possivelmente é o trabalhoso mais grandioso e expressivo da belíssima carreira do Sólstafir, que já há algum tempo se firmou com uma das mais talentosas e promissoras bandas do Rock islandês.

O Berdreyminn é a produção mais recente da banda, e foi oficialmente lançado em 2017. É sem dúvida um trabalho musical grandioso e notável, que certos aspectos, é similar ao Ótta, embora eu precise confessar que não encontro nele a singularidade e profundidade presente neste álbum de 2014, que tanto me encantou e que possui a capacidade de me absorver por completo toda vez que o escuto.

CONHEÇA O MÚSICO MATHEUS FERRAZ:

Por: Juliana Vannucchi

Sem a música, a vida seria um erro”. – F. Nietzsche.


Hoje o site Fanzine Brasil abrirá espaço para falar sobre Matheus de Angeli Ferraz, um jovem músico brasileiro cujo talento é diferenciado e especialmente promissor. Diante de uma atual indústria que é tragicamente tomada por pseudo-músicos cujas produções são clichês e vazias, quando nos deparamos com artistas como Matheus, nos enchemos de esperança e satisfação. Não sei exatamente qual caminho ele irá trilhar em sua vida, mas estou certa de que estará sempre acompanhado de seu dom musical e de sua competência mediante a música, essa grande e importante paixão que o move e o inspira.

Conheci o Matheus através de sua adorável avó, Edna Ivonne Holtz, que assim como o neto e também como eu, sempre foi apaixonada por música. A primeira vez que escutei o Matheus cantar, foi justamente através de uma gravação que a Edna, orgulhosamente, me mostrou e de imediato, assim como a avó,  me encantei com a belíssima e diferenciada voz do menino. Para ser honesta, tanto eu, quanto a Edna ou qualquer outro que o escuta cantar, imediatamente percebe com clareza e certeza que o músico tem muito, mas muito a mostrar ao mundo.

"A música é como uma droga que te faz experimentar sensações, prazeres e sentimentos exclusivos. Para mim algo que faz meu dia é quando descubro uma peça, uma canção ou uma trilha sonora nova”.

Matheus nasceu na cidade de São Paulo, em 1999. É apaixonado por música desde a tenra idade: “Lembro que quando era mais novo escutava muito o Abbey Road, dos Beatles. O CD era do meu pai e rodei ele até riscar”. Além de escutar esse e outros CDs  com frequência ao longo da infância, seu talento começou a se evidenciar cedo, e aos 13 anos, deu seus primeiros passos no estudo do violão. Nessa época, conforme foi aprendendo a tocar o instrumento, seu professor o incentivou a cantar. A partir de então, se aperfeiçoou cada vez como músico. Desde esse período, já se apresentou em eventos escolares e bares, além de ter participado de uma banda. É apaixonado por MPB e Bossa Nova, gêneros que, de maneira geral, são suas principais influências. Admira artistas brasileiros como Gilberto Gil, Tom Jobim, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Elis Regina e também se inspira em nomes internacionais, como Eddie Vedder e Chris Cornell. 

Escutar e tocar música, significa tudo para Matheus e também gera emoções inexplicáveis em muitos outros indivíduos. Sobre o poder singular dessa grandiosa expressão artística, o jovem refletiu: “Acho que como qualquer arte é uma outra forma de se comunicar, porém de uma maneira mais bela e mais expressiva, algo que um simples bate-papo não consegue proporcionar. Fora isso a música pode ser muitas outras coisas, como entretenimento, refúgio ou simplesmente aquele momento em que você coloca seu fone de ouvido ou está num determinado show e se sente realmente conectado (amo quando isso acontece, normalmente quando escuto uma música maravilhosa pela primeira vez). É aquele momento em que só existe você e a música e tudo está pleno, sereno, e é surreal. É, de fato, como uma droga que te faz experimentar sensações, prazeres e sentimentos exclusivos. Para mim algo que faz meu dia é quando descubro uma peça, uma canção ou uma trilha sonora nova”.

Com aproximadamente 15 anos, Matheus decidiu que no ensino superior cursaria Música, fato que se concretizou e atualmente estuda na Unicamp, uma das universidades mais conceituadas do país. A respeito dessa escolha tão importante que fez, comentou: “Foi uma decisão fácil no sentido de que não me imaginava fazendo qualquer outra coisa, mas ao mesmo tempo foi difícil por não ser um curso valorizado e a música, em questões profissionais não é área de atuação fácil”. No futuro, pretende estudar regência e produção musical, áreas que certamente lhe abrirão um leque de oportunidades profissionais. Mas por hora, Matheus me confessou que “prefere aproveitar o momento presente e aproveitar os estudos e aprendizados de agora. O curso está agregando muito e no momento e estou aprendendo a tocar piano e teclado”. As coisas acontecerão na hora certa e seu futuro será escrito aos poucos. Para encerrar meu papo com o Matheus, perguntei o que a música significa em sua vida. A resposta foi profunda e bem criativa: “Quando eu souber responder uma pergunta dessa de uma forma não musical, eu respondo (risos)”.

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