Fanzine Brasil

SIOUXSIE SIOUX - SOPROS DE VIDA

Grandes homens, assim como grandes tempos são um material explosivo interior do qual uma força imensa é acumulada (....)

“DISCO DA BANANA”- A OBRA PRIMA IGNORADA

Eu sabia que a música que fazíamos não podia ser ignorada

SEX PISTOLS - UM FENÔMENO SOCIAL

Os Sex Pistols foram uma das bandas de Rock mais influentes da história.

ATÉ O FIM DO MUNDO

Com custos acima de mais dez milhões de dólares, é um filme encantador, artístico, típico das obras de Wim Wenders, realmente, é uma obra fascinante, mais uma certo do diretor alemão.

AFINAL, COMO SURGIU O CINEMA?

Um breve questionamento e historio sobre o assunto.

ATÉ O FIM DO MUNDO

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WOLF CITY - AMON DUUL II

Wolf City é um dos maiores clássicos do Rock Progressivo. É um álbum que celebra magicamente este gênero musical, e que é foi gravado por artistas imensamente talentosos

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

CONHEÇA O "MÚSIKA", NOVO EP LANÇADO PELA BANDA 1983


 Por: Vannucchi

No início de novembro, a banda 1983 lançou um novo EP intitulado “Musika”. A grande novidade desta nova produção e que a difere das anteriores, é a participação do baixista Thiago Halleck, que pela primeira vez, gravou em estúdio com o grupo. O músico, que começou a se apresentar com a 1983 no ano passado, nos contou que estava ansioso pelo lançamento do novo EP. De acordo com o baixista: “Já fazia um certo tempo que eu estava tocando ao vivo com eles, mas essas músicas novas tem uma identidade diferente e eu fiquei feliz em colocar o meu registro nas composições. As gravações foram tranquilas e muito práticas. Foi realmente muito legal participar de toda essa produção, que pra mim consistiu numa experiência de muito aprendizado”.

O “Musika” conta com um total de cinco faixas, sendo quatro delas inéditas, além de uma regravação encantadora da clássica “The Night Makes Me Feel Better”, que foi uma das primeiras composições de Dennis Monteiro, gravada e lançada pelo Days Are Nights, em meados de 2006. De acordo com o compositor, quando essa canção foi originalmente feita há mais de uma década, sua produção não contava com uma linha de baixo, porém, com a entrada do músico Thiago Halleck na 1983, eles passaram a apresentá-la ao vivo com participação desse instrumento. Conforme Monteiro comentou: “Nosso baixista adora essa música. Ele criou uma ótima linha de baixo e refizemos a versão com a guitarra, já que a gravação anteriormente feita pela banda Days Are Nights possuía somente sintetizador. Tocávamos assim ao vivo e notamos que estava bem legal, então resolvemos gravar e o resultado foi ótimo”.

Musika: Um dos melhores lançamentos de 2019 da cena independente. 
 
Em sua totalidade, o "Musika" é produção é soturna e melancólica, mantendo assim a atmosfera dos lançamentos anteriores da banda, que também portavam esses mesmos elementos. As letras de todas as faixas são bem poéticas e parecem esbarrar em questões sociais e niilistas, temáticas comuns nas canções escritas por Dennis na 1983. Sinto que esse EP assume o papel de um suplemento aprazível, capaz de abastecer consciências perturbadas e deslocadas. Ele atua como uma pílula que causa efeitos profundos em quem o escuta, servindo como uma espécie de consolação para dramas existenciais. Note-se que a faixa introdutória apresenta a seguinte indagação: “Música serve pra quê?”. Pois a resposta para tal questão, ao meu ver, encontra-se justamente no repertório que a segue, pois ao escutar o EP na íntegra, o ouvinte se perde em suas melodias e é dosado por uma espécie de “anestesia existencial”, que momentaneamente o afasta de todas as suas perturbações. Portanto, é justamente no instante em que a última faixa cessa, que surge a resposta para a pergunta levantada no início do EP. Aliás, essa música de abertura consiste num aspecto muito interessante e filosófico, já que é inteiramente estruturada por uma indagação que, como dito logo acima, ao meu ver é respondida no decorrer das faixas.

Dennis confessou ao nosso site que há novidades pela frente: “Estamos trabalhando em material audiovisual. Queremos lançar uma live que gravamos ainda antes do EP, que deve conter 4 músicas. Nós gravamos áudio e vídeo ao vivo no estúdio com a ajuda de Sergio Brandt. Estamos trabalhando também em dois vídeos para músicas do EP”.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

FUTURISMO E TECNOLOGIA NA MÚSICA DO KRAFTWERK

Diariamente, ao redor do mundo, o uso da tecnologia no cotidiano do ser humano aumenta de alguma forma, e a interação entre homem e máquina, consequentemente, torna-se cada vez mais estreita. Um dos inúmeros efeitos produzidos por esse fato, são as diversificadas reflexões de cunho ético que se desdobram a fim de investigar e propor os potenciais e rumos da relação entre a humanidade e a tecnologia. Nesse contexto, são levantadas perguntas de grande importância, como, por exemplo: “Existem limites no relacionamento entre um ser humano e um robô?”/”Quais tipos de Leis devem/podem ser criadas para o uso de inteligências artificiais?”/”Uma máquina pode se transformar numa ameaça social, econômica e psicológica?”, etc. Essas discussões caminham para vários lados e, naturalmente, divergem-se uma das outras e, conforme a presença da tecnologia se eleva, as reflexões a seu respeito, tendem apenas a aumentar. 
Quando prestamos mais atenção em novidades e informações sobre o assunto, podemos perceber que muitas coisas que nos pareciam inimagináveis, já fazem parte do contexto da vida de muitas pessoas. Na cidade de Dubai, por exemplo, há um robô policial (obviamente com certas limitações, embora tenha funções notavelmente úteis) que trabalha em determinados estabelecimentos públicos. Enquanto isso, em Cingapura, uma empresa chamada “nuTonomy” criou veículos autônomos, capazes de circular pelas ruas sem motoristas no volante. Na Nova Zelândia e em Santo André, já foram feitos testes para que drones entreguem pizzas. Talvez ainda mais incrível do que tudo isso, seja o fato de que, conforme o cientista Raymond Kurzweil relatou no documentário “Quanto Tempo o Tempo Tem?” que já existem até mesmo pâncreas computadorizados que são inseridos dentro do corpo humano para substituir o órgão natural.
 Vemos, por intermédio destes exemplos acima compartilhados, que a presença da tecnologia no mundo, é maior do que pensamos e, conforme citado no início deste texto, ainda há muito o que se pensar e discutir em relação a este assunto que possui incontáveis desdobramentos. Particularmente, quando me deparo com temas como “futurismo” e “tecnologia”, logo o Kraftwerk me vem à mente, afinal, tais tópicos consistem numa grande parcela dos assuntos musicais abordados na carreira da banda, tanto no que diz respeito ao aspecto instrumental, quanto nas letras e, de maneira geral, em toda a estética do grupo. A banda, em suas composições, não apenas expôs esses conteúdos, mas foi genialmente visionária ao apresentá-los numa época em eles eram encarados mais como ficção do que como realidade – parece, de certa forma, que o Kraftwerk “previu” o que estava por vir... E que outra banda fez isso de maneira tão qualificada e inovadora? Abaixo, compartilho com os leitores algumas reflexões que estabeleci a partir de um mergulho meditativo que fiz pela história da banda. Claro que há vários outros pontos a serem explorados e eu com certeza recomendo que leitor se aventure pelas zonas em que não passei. Enfim, vamos lá... 
Nos dias de hoje, sabemos que os relacionamentos amorosos através das telas de celulares, tablets e computadores é uma realidade. Existem namoros virtuais que geram namoros reais, em “carne e osso” e também há relacionamentos que são levados muito a sério e restringem-se ao universo da internet. Nesse âmbito, há uma música do Kraftwerk chamada “Computer Love”, cuja letra faz uma descrição desse tipo de romance. Vejamos um trecho: 

"Outra noite solitária
Olhando fixamente a tela da tv
Eu não sei o que fazer
Eu preciso de um encontro
Amor de computador
Amor de computador"

É curioso como nessas poucas palavras vistas acima, podemos perceber que a banda sintetizou muito bem a ideia de relacionamentos virtuais, algo que certamente não era tão esperado no início dos anos oitenta. A letra, de certa maneira, também expressa como esse tipo de relação pode ser fútil e vazia, afinal, ela parece surgir apenas para “tapar o buraco” de uma noite solitária e entediante – já alertava Bauman, que vivemos numa época de relações efêmeras... no tempo do “descarte”, dos relacionamentos de pouca duração... Tempos “líquidos”. Mas, é válido mencionar que as relações amorosas existentes através do universo virtual chegam a ser encaradas como algo quase “ingênuo” quando consideramos, por exemplo, que já há incontáveis relacionamentos entre seres humanos e robôs e inteligências artificiais. Exemplos não faltam: em 2017, um engenheiro japonês casou-se com uma mulher-robô, chamada Yingying que ele próprio criou e fez até mesmo uma cerimônia para comemorar a união. Ainda no Japão, um dos investimentos que rendeu comentários é o desenvolvimento de uma inteligência artificial chamada “Gatebox Virtual Girlfriend”, que é uma espécie de figura humana diminuta e holográfica, presa dentro um suporte e que possui capacidade de interagir com seus compradores através de áudio e programações, podendo, dessa forma, estabelecer um relacionamento com os mesmos. Há também o caso de uma jovem francesa chamada Lilly, que se denomina como sendo uma “robosexual orgulhosa” e que se apaixonou e assumiu um relacionamento com uma máquina chamada InMoovetor. Ela espera que, em breve, a França legalize o casamento entre robôs e seres humanos para poder, de uma vez por todas, oficializar sua união com o namorado. E já que mencionamos os robôs, também se faz relevante citar que o Kraftwerk, ao longo de sua trajetória, fez várias referências em relação a esse assunto. Entretanto, o que acho muito interessante, é que não fica claro – ao menos para mim – se a banda, em suas menções aos robôs, estava se referindo às máquinas ou ao próprio ser humano imerso num (lamentável) processo de mecanização física e intelectual. Leiamos abaixo um trecho da música “The Robots”, um dos maiores sucessos da banda:

"Nós estamos funcionando automático
E estamos dançando mecânico
Nós somos os robôs
Nós somos os robôs
Nós somos os robôs
Nós somos os robôs
Ja tvoi sluga (=eu sou seu escravo)
Ja tvoi Rabotnik robotnik (=eu sou seu trabalhador)
Nós estamos programados para fazer
qualquer coisa que você quiser
Nós somos os robôs"

Honestamente, acredito que a letra acima expresse uma reflexão que, ao menos nos dias de hoje, faz mais sentido se considerarmos que não está se dirigindo literalmente aos robôs, mas sim apresentando uma descrição do próprio ser humano que, infelizmente, em vários aspectos, aliena-se cada vez mais e assim, gradualmente, faz cada vez menos questionamentos acerca do mundo, deixa de filtrar as informações recebidas e tende a não pensar de maneira autônoma. Vivemos num período no qual as massas se portam de uma forma similar, geralmente se comportando e “pensando” sempre “igual”: trata-se de um uma rebanho (conforme diria Nietzsche), composto por um gado lamentavelmente controlado por tradicionalismos e por instituições, e que vive acorrentado no fundo da caverna, moldando seu cotidiano através de padronizações que lhe são impostas e se quer questionadas e desconstruídas. O ser humano é um robô que é uma verdadeira “cria” das grandes instituições (Estado, Igreja e outras) e por isso, conforme a letra, esses seres terrivelmente mecanizados estão devidamente engrenados por seus “senhores”:  “programados para fazer qualquer coisa que você quiser, nós somos os robôs”. Acredito que era sobre isso que o Kraftwerk estava falando. Fizeram uma triste previsão do drástico rumo da maior parte da humanidade. 
Há ainda uma outra letra da banda que, embora seja muito curta, possui um conteúdo altamente significativo e que interpreto como sendo uma crítica ao estado de alienação social do homem perante a tecnologia. A música se chama “The Man-Machine”, cuja tradução significa “O Homem Máquina” e parece abordar a relação íntima – quase de fusão – existente entre o ser humano e as máquinas, cuja relação se tornou tão íntima e fundamental para a sobrevivência de certos indivíduos, que passamos a encontrar pessoas cujos comportamentos assemelham-se ao próprio funcionamento de máquinas (pessoas “programadas” e previsíveis – presas fáceis de serem controladas). E claro, não podemos nos esquecer do pior: assim como as máquinas não possuem capacidade de pensar, tais pessoas, também parecem perder essa condição. Analisemos essa letra em questão:

"Homem Máquina, semi ser humano
Homem Máquina, super ser humano
O Homem Máquina, máquina"

Outra faixa que apresenta uma letra muito notável é “Antenna”, na qual, aparentemente vemos um retrato de nosso mundo atual, no qual estamos constantemente captando e compartilhando informações cegamente, fato este que pode ser muito nocivo, caso não tenhamos competência suficiente para filtrá-las. É muito curioso como a letra dessa música apresentou com maestria a ideia da existência de um receptor e transmissor de informação, relação comunicativa amplamente debatida em nossos tempos. Leiamos: 

"Eu sou o transmissor
Eu dou informação
Você é a antena
Captando vibração!
Os transmissores enviam imagem, som e linguagem
Eletromagneticamente a todas as cidades
Eu sou a antena
Captando vibração
Você é o transmissor
Dê informação!
Nós somos transmissores e receptores"

Sim: muitos de nós são antenas ambulantes... parasitas estagnados e irreflexivos. Talvez, meros transmissores de informações que, por vezes, nem ao menos são verdadeiras (eis as tais das fake news) ou que são de extrema futilidade. Que papel, afinal,  estamos assumindo na “Era da Informação” ?
Há incontáveis outras músicas interessantes espalhadas na discografia do Kraftwerk, que são dignas de análise e que atuam como verdadeiras “portas de entrada” para a reflexão. São letras nas quais encontramos conteúdos profundos e de cunho crítico, que definitivamente são merecedores de atenção, especialmente num período como este em que vivemos, no qual somos constantemente bombardeados por informações diversificadas, e no qual estamos cercados de aparatos tecnológicos que conquistam espaços cada vez maiores em nossas vidas. Penso que a vasta obra-prima deixada por esta grandiosa banda alemã, merece ser explorada a fundo, pois ela carrega muitas ideias e temas que certamente fazem com que repensemos a respeito de nossa própria existência.

domingo, 10 de novembro de 2019

A DESPEDIDA DA GANGUE MORCEGO

Por: Juliana Vannucchi e Gabriel Marinho

Embora não se trate necessariamente de um fim, a banda Gangue Morcego está oficialmente encerrando as turnês devido ao distanciamento geográfico dos membros do grupo. Porém, os músicos continuarão a gravar e já estão, inclusive, trabalhando em novos materiais. A turnê de despedida começou no dia 1 de Novembro na capital carioca (onde surgiu a banda) com ingressos esgotados. Depois seguiram para a calorosa e acolhedora Sorocaba, uma cidade muito querida pelos membros da banda e, por fim, rumaram para a cidade de São Paulo, na qual finalmente encerraram suas passagens pelos palcos. Sem dúvidas, o Brasil sentirá uma falta enorme do som soturno e da aura misteriosa da Gangue Morcego.


 
Com mais de dez anos de estrada e com um único álbum lançado, o magnífico "Olhem Para As Ruas", a banda conseguiu criar uma das obras primas do Pós-punk moderno com uma mescla perfeita de Deathrock misturado com influências cinematográficas do expressionismo alemão e do cinema noir, que se encaixam perfeitamente no som tão característico do grupo. De fato, pouquíssimas bandas foram capazes de capturar a aura do cinema antigo e expressá-la de forma tão magistral quanto a Gangue Morcego.





domingo, 3 de novembro de 2019

ROGER DEAN: O CRIADOR DE ALGUMAS DAS MAIS ÍCONICAS CAPAS DE ÁLBUNS DO ROCK PROGRESSIVO:

Por: Vannucchi e Marinho

O artista britânico Roger Dean foi o designer responsável pela criação de algumas das mais incríveis capas de álbuns do Rock Progressivo. O ilustrador nasceu em 1944, em Ashford, na Inglaterra, estudou no Cantbury College of Art e se formou em design de móveis no Royal College Of Art. Em 1968, criou sua primeira capa para o “The Gun”, produção de estreia da (curta) carreira da banda Gun. Posteriormente, seu nome foi se tornando cada vez mais reconhecido por vários músicos, e ele passou a fazer capas para grandes bandas, tal como Yes, Uriah Heep, Asia e outras. Seu trabalho, é claro, continuou vigente mesmo após os anos 70 (período que marcou o ápice do Rock Progressivo).

Em suas ilustrações encontramos ambientes oníricos e criaturas fantásticas, que muitas vezes são preenchidos por cores psicodélicas. As produções surrealistas de Roger Dean são, por si só, verdadeiras obras de arte e muito provavelmente, se você é amante do Rock, já se encantou por uma (ou mais de uma) dessas belíssimas imagens hipnóticas. Confira abaixo dez capas de álbuns criadas por este lendário ilustrador.

Demons & Wizards (URIAH HEEEP) - 1972

Tales From Topographic Ocean  (YES) - 1973

Alpha  (ASIA) - 1983

Fragile (YES)  - 1971

The Magicans Birthday (URIAH HEEP) - 1972

Wakeman Howe (ANDERSON BROFORD) - 1989

Woyaya (OSIBISA) - 1971

Asia (ASIA) - 1982

Gun (THE GUN) - 1968

Sea Of Light (URIAH HEEP) - 1995





quarta-feira, 23 de outubro de 2019

LONG LIVE TRANSA SOM DISCOS

Por: Juliana Vannucchi

Há mais de trinta anos, a loja Transa Som Discos, localizada em Sorocaba, encanta os amantes do Rock And Roll residentes na cidade e região. Não importa a vertente: pode ser Punk Rock, Pop, Rock Progressivo, Dark, New Wave, Heavy Metal ou outras, lá podemos encontrar um pouco de tudo. Aliás, essa variedade de produtos não se restringe às ramificações do Rock N Roll, mas se estende a vários outros gêneros, tais como trilhas sonoras de filmes e novelas, música clássica, Disco Music, Jazz, Blues, MPB, entre outros.

Um dos grandes diferenciais da loja é essa diversificação, que a coloca num patamar especial. E além disso, outro fator de destaque é que lá é possível encontrar mercadorias (dentre as quais há CDs, DVDs, LPs e Blu-ray’s) novas e também seminovas – estas últimas, sempre em excelente estado de conservação. Sílvia Vannucchi, que frequenta o estabelecimento há mais de vinte anos, comenta: “Depois que conheci a TSD, nunca mais comprei CD em outro lugar e nem tenho interesse em comprar. Gosto da variedade de preço e acho legal o fato de terem CDs usados como uma alternativa ao consumidor. Também é preciso dizer que os funcionários da loja sempre tiveram um amplo conhecimento sobre música e sempre foram muito receptivos. E o Vilmar é uma pessoa incrível. Esse conjunto de qualidades não costuma ser encontrado em outros lugares”. Além de Sílvia, que conhece a loja desde seus primórdios, é interessante notar que há também uma clientela pertencente a uma geração mais nova, que também frequenta a Transa Som. É o caso de Fabrício Almeida, que declarou: “Já faz ao menos uns dez anos que vou lá. Gosto do atendimento! O Vilmar conhece muito sobre música e se importa com o gosto e opinião do cliente. E a loja marcou minha adolescência... Eu ia lá e era como se fosse um parque de diversões pra mim. Foi através da Transa Som que fui descobrindo meu gosto musical e conhecendo bandas pelas quais hoje sou apaixonado”. Essa menção de Fabrício reflete a situação de muitas pessoas de Sorocaba e região cujo gosto e/ou conhecimento musical tem suas raízes na Transa Som – e, de fato, o Vilmar está sempre com uma carta na manga, pronto para apresentar aos clientes algo de que vão gostar. 

"Depois que conheci a TSD, nunca mais comprei CD em outro lugar e nem tenho interesse em comprar". - Sílvia Vannucchi


"E a loja marcou minha adolescência... Eu ia lá e era como se fosse um parque de diversões pra mim". - Fabrício Almeida.

"A Transa Som é uma referência em seu segmento devido ao tempo que está na ativa". - Cleiner Micceno.
Vinicius Mariano (Vinnie), que desde a juventude frequenta a loja e já trabalhou no local, compartilhou suas memórias: “O que eu poderia comentar sobre a Transa Som Discos? Comprei meu primeiro disco lá (o Live After Death, do IRON MAIDEN), ia lá quase toda a semana e, principalmente, todos os sábados para “alugar” CDs (pode ser que hoje em dia isso soe surreal, eu entendo. Mas na época, era a única forma de ouvir o que chegava de novo em CD), comprei grande parte do meu acervo pessoal lá, fiz amizades intensas... ah, quantas conversas naquelas tardes e fim de tardes! Esses encontros eram “eventos” para nós. Eu ainda fui mais longe: realizei o sonho de trabalhar lá e sentir na pele aquele clima que só quem é amante da música pode entender. Sem dúvida, o melhor lugar que eu já trabalhei”. Vinicius também fez questão de ressaltar um aspecto valioso da Transa Som, que acho que já ficou claro até aqui: o atendimento ímpar de Vilmar: “E o que dizer de um cara fantástico como o Vilmar, que ainda está lá, contra todas as modas e tendências, com aquele sorrisão e um atendimento de outro planeta. E mesmo nos dias ruins, sempre lá, fazendo o que sabe de melhor. Um baita cara! E um pai pra todos nós, amantes da boa música! A TRANSA SOM faz parte da vida de cada um de nós. Mais de 30 anos de pé e ainda mandando bala! Nós só temos a agradecer a você, grande Vilmar! O privilégio é todo nosso”.


O público que verdadeiramente ama música, especialmente os fãs do Rock, definitivamente não se restringem a plataformas virtuais e por isso sempre irão gostar de materiais físicos”.- Marcos Gurgel.

"Realizei o sonho de trabalhar lá e sentir na pele aquele clima que só quem é amante da música pode entender. Sem dúvida, o melhor lugar que eu já trabalhei”. - Vinnie Mariano.

 
Transa Som Discos em seu novo endereço: Rua da Penha, 712.

Clássicos do Rock em formato de fita K7.
Esse atendimento diferenciado somado à vasta quantidade de produtos, tornou a Transa Som, mais do que uma loja, mas um verdadeiro “ponto de encontro” dos amantes do Rock And Roll. É o que comenta Cleiner Micceno, que também já foi funcionário da Transa Som: “Eu frequentei todos os endereços da loja. É uma referência em seu segmento devido ao tempo que está na ativa. Quem queria um disco de Rock na cidade, acabava indo pra lá, por mais que houvesse outros estabelecimentos que vendessem esse mesmo produto. Era um local onde podíamos nos encontrar com amigos... quem gostava de Rock, uma hora ou outra aparecia na Transa Som, que era um epicentro de quem gostava desse gênero musical. Lá sempre encontramos variedades, que vão desde os clássicos de Rockabilly até as farofas".

É interessante o fato de que, embora há cerca de vinte anos atrás, conforme citou Cleiner, a loja fosse um verdadeiro “point” para os fãs de Rock, atualmente ela permanece sendo um local aprazível para uma geração mais nova – que é, por exemplo, o meu caso e o caso de vários outros conhecidos da minha própria faixa etária, que são frequentadores da Transa Som. Fabrício, já citado, é um deles e, diga-se de passagem, é um amigo que eu conheci lá dentro, numa tarde qualquer, há aproximadamente cinco anos atrás. Mas há outros muitos outros jovens que vão até a Transa Som movidos pela paixão que nutrem pelo Rock And Roll. Matheus Matielo é um deles. Ele contou que foi lá que comprou alguns dos maiores e mais amados clássicos de sua coleção de LPs. Paulo Henrique Lopes, por sua vez, disse que desde a infância, quando passeia pela região central da cidade, costuma visitar a loja. Cláudio Sanches Júnior, residente em Salto de Pirapora, também se encontra nesse grupo, nessa “geração” mais nova de amantes da Transa Som. Júnior reflete: “É muito melhor ser recepcionado e atendido por alguém que está lá pela mesma razão que adentrei a loja: por ser um amante de música e apreciá-la, senti-la e não apenas ouvir de maneira mecânica e indiferente”. É claro que somado aos nomes citados aqui, há muitos outros jovens e também pessoas de faixas etárias variadas para as quais a loja é significativa. Ela faz parte da trajetória existencial de muita gente e, em várias situações, por consistir num ambiente tão acolhedor e confortável, representa, justamente, uma parte importante e marcante da vida de muitas pessoas.

Note-se que a Transa Som, em suma, é capaz de acolher gerações diferentes justamente pelo fato ter se mantido firme num mercado instável. Lembremos que no final dos anos noventa o vinil foi jogado para escanteio, e o CD se firmou com soberania como a grande novidade da indústria fonográfica. A loja acompanhou essa notável alteração ocorrida em seu segmento, mas ainda assim manteve-se fiel ao “bolachão”. E, aliás, ainda bem que Vilmar se propôs a conservá-los, pois de uns anos para cá, os discos de vinil voltaram a se firmar no mercado fonográfico e passaram a ser valorizados novamente. Recentemente, numa matéria publicada no site da revista Veja, vemos que o vinil não somente retornou com força ao mercado, mas provavelmente irá, inclusive, desbancar as vendas de CDs: segundo relatório da RIAA (sigla em inglês para Associação de Produtores de Discos da América), em breve os CDs devem ser superados em vendas pelos vinis. O consumo das “bolachas” teve uma alta de 12,9%, passando de 198,6 milhões em 2018 para 224,1 milhões de unidades comercializadas este ano. As vendas de CDs, enquanto isso, tendem a se estagnar: devem ficar em 247,5 milhões, contra 245,9 milhões no ano passado. A tendência é que, mais adiante, o LP supere o CD em vendas. (Revista Veja. Sérgio Martins. 23 de setembro de 2019). Não é à toa que, recentemente, grandes nomes da música, como Madonna e Pearl Jam anunciaram relançamentos de álbuns antigos em formato de vinil. É válido citar também que em meados dos anos dois mil, o advento da internet, que possibilitou o acesso gratuito e instantâneo a diversas músicas e álbuns, causou transformações na indústria fonográfica. As mudanças ocorridas nesse contexto ainda estão vigentes e não há como negar que muitas pessoas abandonaram tanto os CDs quanto os LPs para usufruir o formato MP3. No entanto, a Transa Som também sobreviveu a essa transformação mercadológica. A esse respeito, Marcos Gurgel (mais conhecido como “Marcão KISS”), que atualmente é funcionário da Transa Som Discos, comentou: “O público que verdadeiramente ama música, especialmente os fãs do Rock, definitivamente não se restringem a plataformas virtuais e por isso sempre irão gostar de materiais físicos”. Em relação ao futuro desse mercado, Marcão reflete: “As mídias sociais não são páreos para os produtos físicos. Enquanto houver quem ame música, a loja vai sobreviver.

Há alguns meses atrás, a Transa Som Discos migrou para um novo endereço (Rua da Penha, 712). O ambiente é amplo, organizado e confortável e tem agradado aos clientes. Essa mudança, definitivamente foi um grande acerto de Vilmar, que transformou o que já era ótimo, em algo ainda melhor. A loja que mudou a minha vida e a de muitas outras pessoas, permanece firme e de portas abertas, pronta para oferecer a todos as mais belas trilhas sonoras para suas vidas.

Long live Transa Som Discos...

Eu e os queridos amigos, Vilmar (esquerda) e Marcão Gurgel (direita).
 
Mais uma visita maravilhosa na Transa Som Discos...



 




quinta-feira, 17 de outubro de 2019

ENTREVISTA COM JOHN ELLIS, UM DOS GUITARRISTAS MAIS CONCEITUADOS DO PUNK ROCK

Por: Vannucchi e Marinho

Apesar de não receber o mesmo reconhecimento de muitos de seus contemporâneos, o The Vibrators possui um som característico que gruda em nossa cabeça logo na primeira vez em que os escutamos. Por vezes melódico, por vezes agressivo, mas sempre agradável e dançante. A energia de seus álbuns é nada menos que contagiante! Para se aprofundar ainda mais na história da banda, nos primeiros anos do punk e muito mais, tivemos o prazer de entrevistar o lendário John Ellis, guitarrista que gravou os dois primeiros álbuns da banda, e que fortambém os mais conhecidos, “Pure Mania” e “V2”. 

1. Poderia dizer como foram os primeiros anos do Punk Rock na Inglaterra? O que você aprendeu fazendo parte dessa cena?

Antes de existir o 'Punk Rock' no Reino Unido, eu costumava comprar uma revista americana chamada 'Punk'. Na verdade, ela não era sobre o punk rock, mas apresentava artistas como Iggy Pop, Patti Smith, New York Dolls etc. Então, de repente, no Reino Unido, tivemos uma cena 'Punk'. Parecia que tinha surgido do nada. Minha banda, The Vibrators, foi atraída para a cena Punk por várias razões, mas como éramos mais velhos do que a maioria das bandas envolvidas, ficamos um pouco mais céticos em relação ao movimento. No entanto, foi um ótimo momento para fazermos apresentações e ficamos felizes por fazer parte do zeitgeist. E é claro, também ficamos felizes por estar gravando.

Os primeiros anos do punk estavam cheios de energia criativa misturada com moda e política. Um bom tempo. Mas tornou-se um clichê muito rapidamente.
Pessoalmente, aprendi muito sobre como os "movimentos" são criados pela mídia que os apresenta como "movimentos juvenis". Conheço muitas pessoas cujas vidas foram fortalecidas pela cena punk e isso é ótimo. E eles ainda se anunciam orgulhosamente como punks verdadeiros, seja o que for. Acho que minha visão de mundo foi formada pelos ideais "hippies" do final dos anos 60. Mas logo ficou claro para mim que 'cenas' ou 'movimentos' geralmente são manipulados por pessoas que desejam ganhar dinheiro ou promover seu próprio perfil. Há um ótimo livro de George Melly chamado 'Revolt Into Style', escrito no final dos anos sessenta, que tem algumas ideias interessantes sobre o assunto.

2. Pra você o que significa “ser Punk”? Como você define o Punk?

Você sabia que Shakespeare usou a palavra “Punk”? Existem muitas definições sobre essa palavra que não estão relacionadas à música. Mas em termos musicais, eu diria que é uma forma bruta de música criada por pessoas que não sentem que precisam ser bons músicos para fazer boa música. Claro, havia muitos músicos muito bons em bandas do gênero, mas normalmente o punk estava mais relacionado com a energia e a necessidade dos jovens que moravam no Reino Unido na década de 1970, de expressar ideias. Você precisaria ver o estado da sociedade britânica na época para entender por que tantas pessoas sentiam que o Punk era uma maneira de expressar sua raiva. Havia muita energia furiosa saindo dos palcos em shows Punks. Havia também um lado sombrio de muita violência, etc. Além disso, gravadoras, escritores e estilistas procuravam 'a próxima grande novidade', de modo que o Punk foi uma tempestade perfeita que eles pudessem adquirir algum tipo de benefício comercial.

"Ao contrário de algumas bandas “punks”, não fomos movidos pela ideia de fazer sucesso ou conseguir dinheiro. Nós só queríamos nos divertir".

3. O Punk Rock ainda está existe? Acha que ele está vivo?

O Punk Rock ainda existe, mas se transformou em uma entidade completamente diferente. Na Inglaterra, tornou-se uma espécie de marca histórica, com muitos livros escritos sobre ela, filmes, documentários e etc. Há um "Professor do Punk" que era membro do The Slits. Existem placas azuis e nomes de ruas conectados ao Punk. Em outras palavras, tornou-se tudo o que não deveria. Parece-me que muitas das chamadas lendas Punk têm um senso muito inflado de sua própria importância. 

O Punk agora é muito popular quando antes era uma espécie de anarquia. Então, para mim agora, é uma ideia bastante chata. No entanto, como eu disse anteriormente, Punk significa muito para muitos dos que fizeram parte da cena original. Representa um modo de vida e uma visão de mundo particular. Para mim, eu segui em frente do que eu via como uma forma limitada de ver as coisas, musicalmente em particular.

4. Você teve alguma aula de guitarra antes de começar a tocar com o The Vibrators? O que o inspirou a começar a dar aula?

Eu tive algumas aulas de guitarra aos 12 anos, mas o homem que me ensinava era muito mais velho e não sabia o que estava acontecendo na música contemporânea (Hendrix, Clapton, etc.), então parei de ter aulas e comecei a aprender sozinho como muitos guitarristas fizeram no passado. Isso foi antes das lições da Internet e do YouTube.

Comecei a dar aula porque precisava ganhar dinheiro. Era uma maneira de ganhar a vida fazendo o que eu gosto. Para minha surpresa, descobri que gosto muito de ensinar e recebo ótimas críticas em meus workshops, por isso devo estar fazendo algo certo. Se eu ganhasse na loteria amanhã, acho que ainda assim continuaria dando aula.

5. Eu gostaria que você nos falasse um pouco sobre o álbum "Pure Mania": O que esse título significa? Por que vocês o escolheram? E a imagem da capa? Foi uma ideia da banda?

O título 'Pure Mania' veio do Knox. É apenas uma frase que resume como era a vida na época. Era uma espécie de caos. Estranhamente, a primeira música do 2º álbum se chama Pure Mania.

Criei o logotipo da banda e o grande 'V' veio da tipografia que escolhi. É uma imagem muito simples, mas poderosa. As pessoas ainda se lembram do “álbum com o grande V na capa”. Eu tive muita sorte porque os registros da Epic records me permitiram fazer parte do processo de design de todos os nossos discos. Fiz a capa para o V2, por exemplo, e também fotografias e ilustrações para capas de singles. Eu estava me formando em Design Gráfico e Ilustração quando conseguimos nosso contrato com a gravadora, então acho que eles puderam ver que eu sabia o que estava fazendo.

Pure Mania: um dos álbuns mais marcantes da história do Punk Rock.
6. Quando o álbum Pure Mania estava sendo gravado, você e os outros membros da banda acharam que a recepção seria tão boa? E, a propósito, por que você acha que o álbum foi tão bem sucedido naquela época?

Quando estávamos fazendo o Pure Mania, estávamos gostando de estar em um grande estúdio e estávamos nos divertindo muito. Ao contrário de algumas bandas “Punks”, não fomos movidos pela ideia de fazer sucesso ou conseguir dinheiro. Nós só queríamos nos divertir.

A imprensa britânica não ficou impressionada, mas sabíamos que os fãs tinham gostado. Não percebemos a importância da imprensa na época. Além dos principais jornais, como Sounds e NME, também havia fanzines que nos odiavam.

Mas ainda recebo elogios pelo álbum. Foi muito melhor recebido fora do Reino Unido.

7. Qual é a melhor memória que você tem com o The Vibrators?

Eu gostava de estar no estúdio, é claro. Os primeiros dias em que começamos foram ótimos, porque foi como um sonho. Frequentemente conhecíamos nossos heróis musicais ou tocávamos em lugares onde viamos nossos artistas favoritos.

E eu também adorava fazer turnês e conhecer pessoas incríveis. Fiz muitos grandes amigos como resultados de ir para diferentes partes do mundo. Eu sempre tentei ir a galerias ou exposições, se tivesse tempo.

Na verdade, fazer shows também era uma espécie de terapia. E é ótimo quando você escreve uma música e ela se transforma em uma gravação.

8. Você consegue escolher entre o Pure Mania e o V2? Você tem um álbum favorito? E qual é a sua música favorita do The Vibrators?

Eu gosto mais da V2 que do Pure Mania. Foi muito bem produzido e a reprodução de toda a banda é boa. Gary Tibbs substituiu Pat Collier no baixo e sua energia juvenil criou uma grande vibração.

Para ser sincero, eu não tenho uma música favorita doThe  Vibrators.
 
9. Como foi trabalhar com Peter Gabriel? Ele é um artista incrível!

Foi fantástico trabalhar com o Peter Gabriel e depois trabalhar com o grande Peter Hammill. Foi um grande desafio para mim como músico, mas espero ter feito um bom trabalho para os dois. E fazer shows tão grandiosos com o Peter Gabriel foi uma experiência interessante.

10. O que você pode dizer sobre o período em que tocou com o The Stranglers? Esta é outra banda lendária...

Eu já havia trabalhado com The Stranglers antes de me tornar um membro da banda em tempo integral. Você está certa, eles são uma banda lendária e fizeram alguns discos incríveis. Mas pra mim, era um relacionamento muito desafiador por várias razões. Acho que fizemos ótimos shows e fizemos bons discos.

11. Você conhece alguma banda ou músico brasileiro?

Infelizmente, eu conheço muito pouco sobre música brasileira. É claro que ouvi muito a respeito dela o longo da minha vida, mas não seria capaz de nomear outros artistas além de pessoas como Gilberto Gil ou Antônio Carlos Jobim.

12. Você pode nos contar sobre a Chanoyu Records?

Eu criei a Chanoyu Records para ter uma página que disponibilizasse informações sobre o meu trabalho como músico, compositor e escritor. É também um espaço no qual as pessoas podem comprar a minha música. Recebe o nome da cerimônia japonesa de chá. Também uso a Chanoyuy Records como uma forma de desenvolver minhas habilidades como designer de sites. A página recebe muitos acessos, o que é muito gratificante.







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