Por Juliana Vannucchi
Em meio às belíssimas e elegantes paisagens da Suécia, sempre protegida pelos poderes de Frigga e inspirada dela sabedoria de Freya, vive a poeta Matilda Jeanette James Joon. Sua paixão pela escrita, manifestou-se na tenra idade. Quando criança, era obcecada em registrar tudo em seus diários. Começou a fazer isso quando tinha somente seis anos. Mais tarde, na adolescência, seus escritos se transformaram cada vez mais em poesia e palavras faladas. E desde então, os versos tornaram-se um caminho inevitável e indispensável em sua trajetória. A respeito da importância da poesia, Matilda refletiu: “A poesia cura. É a conexão entre as almas. Neste caos que a vida é, é uma maneira de permanecermos com os pés no chão, sermos amorosos e não desviarmos o olhar da dor e do sofrimento. Devemos manter nossa humanidade e empatia por todas as coisas vivas e respirantes. Quanto mais lemos, mais nossas almas se expandem - e quando a poesia realmente toca o coração... Bem, é aí que a mágica começa.”
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Poema de Matilda Joon, publicado na "Love Love Magazine". |
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Para Matilda Joon, poesia é amor e magia. |
Seguindo suas profundas meditações, a poestisa ainda disse acreditar que a poesia é o novo rock and roll: “Poesia é amor, magia e um bálsamo curativo, está nas minhas veias e no meu sangue. A poesia salvou minha vida mais de uma vez! É a linguagem da alma. Poesia é o novo rock and roll. Tenho melodias florescendo na minha mente e são essas coisas que escrevo. Como eu disse, a poesia pode ser um bálsamo calmante, mas também corta como uma faca, é assim que as palavras realmente são poderosas.”
Matilda possui inúmeras musas inspiradoras, tal como os riachos, as montanhas, o sol, as flores e outros tantos elementos da natureza. Ademais, sente que sua alma é atraída para tudo que é estranho e diferente. Também vê Jim Morrison e Kurt Cobain como fontes de inspiração poética e existencial e, sendo uma leitora avisa, possui uma série de autores favoritos, tal como Mary Oliver, Maya Angelou, Pablo Neruda, Rumi, John Keats, Anne Sexton, E.E. Cummings, Sylvia Plath, Virginia Woolf, Richard Brautigan, Jack Kerouac e Kenneth Rexroth! Dentre outros: “Todos esses são e foram importantes pra mim. No momento, estou lendo o livro Didion & Babitz, de Lili Anolik - (sobre Joan Didion e Eve Babitz) - e eu deveria ter dito antes que Eve Babitz é uma grande inspiração há muito tempo... Quer dizer... que mulher!”
O envolvimento com o rock and roll fez com que Lydia Lunch cruzasse seu caminho em meados dos anos 90. Dali em diante, um laço magnético e espiritual às manteve unidas: “Eu estava assistindo a uma apresentação de Spoken Word da Lydia e lembro que ela pulou do palco no meio do show, correu até mim, me beijou entre os seios e sussurrou em meu ouvido: "Você e eu somos irmãs". Não é um começo lindo para uma amizade que dura desde então? Lydia é uma força, uma inspiração, e como ninguém que conheci em toda a minha vida. Eu a amo de verdade, de coração e alma. Somos muito diferentes como pessoas, mas temos certas experiências de vida extremamente brutais em comum - nos entendemos, pertencemos à mesma tribo de mulheres fortes, estranhas e bruxas que seguem em frente em um mundo cheio de homens psicopatas que só querem destruir tudo o que é belo - homens psicopatas ODEIAM e querem matar mulheres como nós. Sempre foi assim. Como diz Lydia: a guerra nunca acaba. É uma batalha constante para se manter forte e são neste poço de INSANIDADE que acontece em todo o mundo - Criado por homens.”
Em seus poemas, escreve sobre os efeitos do amor, os delírios existenciais, a magia e a natureza. Sua poesia é uma caminhada por estradas encantadas, nas quais o percurso guarda ao leitor uma série de mistérios e surpresas. Matilda demonstra uma força interior imensa em sua escrita que, com toda certeza, é uma poção capaz de reavivar qualquer alma e curar qualquer coração.
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Poema e arte de autoria da artista. |
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